Quase 1 milhão de propriedades rurais são dirigidas por mulheres no Brasil; baianas se destacam no setor
A maior parte dessas propriedades estão na região do Nordeste, com 57%
Divulgação/ CNMA
Em todo o país, 947 mil propriedades rurais são dirigidas por mulheres, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Juntas, elas administram cerca de 30 milhõres de hectares. Apesar dos altos números, elas ainda são minoria no setor. Essas propriedades representam 19% de todos os estabelecimentos rurais do Brasil e apenas 8,5% de toda área ocupada por esses negócios. No Nordeste e, especialmente, na Bahia, produtoras rurais têm lutado para mudar esse cenário.
Fonte: Banco de imagens Embrapa/IBGE/MAPA
“Vejo as mulheres no agronegócio em ascensão”, relata a produtora rural baiana Rosi Cerrato. “Embora alguns setores do agro ainda sejam operados majoritariamente por homens, a exemplo de operação de máquinas pesadas e no plantio e colheita, principalmente de grãos, muitas cooperativas e empresas estão oportunizando as mulheres”. Um dos setores onde a participação feminina tem crescido é a fruticultura.
CONGRESSO
Neta de agricultor, filha de pecuarista e casada com um agrônomo e produtor rural, Rosi tem contato com o setor desde criança e participa da mudança na igualdade entre gêneros nas propriedades rurais. Neste mês, ela vai participar da 8ª edição do Congresso Nacional de Mulheres no Agronegócio (CNMA), na Transamérica Expo Center, em São Paulo. O evento, que será realizado entre os dias 25 e 26 deste mês, tem como intuito ajudar mulheres a se concretizarem no agronegócio.
Com o tema “Dobrar o Agro de Tamanho com Sustentabilidade: A Marca Brasileira”, o congresso é o maior encontro entre as mulheres do setor, reunindo mais de dez mil profissionais. Entre elas, está a embaixadora do CNMA no Nordeste, Ani Sanders. “Para mim é um prazer estar representando todas as mulheres do Nordeste. Essa é minha bandeira, representar essa região que sinto que está muito forte no momento” , explica Ani. De acordo com o IBGE, 57% das propriedades rurais lideradas por mulheres estão no Nordeste.
DESIGUALDADE
Outro projeto que une mulheres dentro do agronegócio, o Agroligadas conduziu uma pesquisa nacional em 2021, com apoio de associações e coletivos do setor, sobre a participação feminina no agronegócio. De acordo com o estudo, 64% das mulheres da área ainda percebem uma desigualdade de gênero no agronegócio. Mas, o Agroligadas destaca que essa taxa chegou a ser de 78% em 2018, o que representa uma mudança relevante.
Com mais de 1,5 mil inscritas no Brasil, sendo 85 dessas mulheres na Bahia, o projeto tem a missão de fazer conexão com o campo e a cidade através do cenário feminino. A coordenadora da Agroligadas na Bahia, Luciane Barrém, explica que todas as mulheres e todas as profissões que fazem parte do agro são bem vindas nesse movimento, sejam produtoras rurais, advogadas, engenheiras agrônomas ou estudantes de agronomia.
"Temos diversos projetos nacionais e regiões onde fazemos encontros periódicos e oferecemos diversos cursos. Acredito que quanto mais estivermos engajadas e unidas nesse propósito de fazer essa conexão entre nós mulheres que trabalham no agronegócio, vai ser muito proveitoso para todas nós e para o setor. Elas serão muito bem vindas", afirma Luciane.
LEIA MAIS: Governo da Bahia anuncia ação para agroindústria familiar
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Fonte: Banco de imagens Embrapa/IBGE/MAPA
“Vejo as mulheres no agronegócio em ascensão”, relata a produtora rural baiana Rosi Cerrato. “Embora alguns setores do agro ainda sejam operados majoritariamente por homens, a exemplo de operação de máquinas pesadas e no plantio e colheita, principalmente de grãos, muitas cooperativas e empresas estão oportunizando as mulheres”. Um dos setores onde a participação feminina tem crescido é a fruticultura.
CONGRESSO
Neta de agricultor, filha de pecuarista e casada com um agrônomo e produtor rural, Rosi tem contato com o setor desde criança e participa da mudança na igualdade entre gêneros nas propriedades rurais. Neste mês, ela vai participar da 8ª edição do Congresso Nacional de Mulheres no Agronegócio (CNMA), na Transamérica Expo Center, em São Paulo. O evento, que será realizado entre os dias 25 e 26 deste mês, tem como intuito ajudar mulheres a se concretizarem no agronegócio.
Com o tema “Dobrar o Agro de Tamanho com Sustentabilidade: A Marca Brasileira”, o congresso é o maior encontro entre as mulheres do setor, reunindo mais de dez mil profissionais. Entre elas, está a embaixadora do CNMA no Nordeste, Ani Sanders. “Para mim é um prazer estar representando todas as mulheres do Nordeste. Essa é minha bandeira, representar essa região que sinto que está muito forte no momento” , explica Ani. De acordo com o IBGE, 57% das propriedades rurais lideradas por mulheres estão no Nordeste.
DESIGUALDADE
Outro projeto que une mulheres dentro do agronegócio, o Agroligadas conduziu uma pesquisa nacional em 2021, com apoio de associações e coletivos do setor, sobre a participação feminina no agronegócio. De acordo com o estudo, 64% das mulheres da área ainda percebem uma desigualdade de gênero no agronegócio. Mas, o Agroligadas destaca que essa taxa chegou a ser de 78% em 2018, o que representa uma mudança relevante.
Foto: arquivo pessoal
Com mais de 1,5 mil inscritas no Brasil, sendo 85 dessas mulheres na Bahia, o projeto tem a missão de fazer conexão com o campo e a cidade através do cenário feminino. A coordenadora da Agroligadas na Bahia, Luciane Barrém, explica que todas as mulheres e todas as profissões que fazem parte do agro são bem vindas nesse movimento, sejam produtoras rurais, advogadas, engenheiras agrônomas ou estudantes de agronomia.
"Temos diversos projetos nacionais e regiões onde fazemos encontros periódicos e oferecemos diversos cursos. Acredito que quanto mais estivermos engajadas e unidas nesse propósito de fazer essa conexão entre nós mulheres que trabalham no agronegócio, vai ser muito proveitoso para todas nós e para o setor. Elas serão muito bem vindas", afirma Luciane.
LEIA MAIS: Governo da Bahia anuncia ação para agroindústria familiar
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