Celebridades

Justiça nega pedido de filho por exumação do corpo de Gal Costa

Na sentença dada, é solicitado que os pedidos sejam levados à polícia.

Por Lucas Pereira

Justiça nega pedido de filho por exumação do corpo de Gal CostaInstagram/@galcosta - Bob Wolfenson
Foi negado o pedido de exumação do corpo da cantora Gal Costa, morta em novembro de 2022. A Justiça de São Paulo rejeitou a solicitação feita pelo filho da artista, Gabriel, alegando que ela extrapola a esfera administrativa e registral da Vara de Registros Públicos, designada para analisar o requerimento.
O filho de Gal, de 18 anos, solicitou o procedimento e exumação para investigar um possível crime causado por Wilma Petrillo, esposa da cantora. Na época do falecimento, uma certidão de óbito apontava que Gal teve um infarto agudo do miocárdio e que já estava doente, com diagnóstico de câncer de cabeça e pescoço. Além disso, o jovem solicitou a transferência dos restos mortais da mãe de São Paulo para o Rio de Janeiro.
Na sentença dada, é solicitado que os pedidos sejam levados à polícia: "A questão trazida pelo requerente não é apenas registral, mas também notícia-crime. Os fatos narrados sugerem a prática de delito em face da Sra. Gal Maria da Graça Penna Burgos Costa", diz a decisão da juíza responsável.
DISPUTA PELA HERANÇA
No início do ano, Gabriel revelou que havia sido coagido por Wilma a assinar um documento que atestava a relação entre ela e a artista, além de também reconhecê-la como mãe.
Com esse documento, a Justiça reconheceu que Wilma mantinha união estável com Gal, o que a colocou também na posição de herdeira. Porém, segundo informações obtidas pelo G1 São Paulo, Gabriel alegou que escreveu e assinou a carta porque foi coagido. Ele teria dito, ainda, que temia por sua segurança física e psicológica, já que morava com Wilma, à época.
Gabriel afirma que as coações começaram em novembro de 2022, e que foi obrigado “a ingerir medicamentos de receita controlada, tendo ingressado em estado de tamanho abalo psicológico que teve a sua capacidade cognitiva severamente reduzida”.
O QUE DIZ WILMA
No dia 31 de março, a advogada de Wilma, Vanessa Bispo, disse ao jornal O Globo que as alegações das primas de Gal são “absurdas” e constituem uma “aventura jurídica”.
A advogada falou que, de acordo com Petrillo, Gal sequer convivia com as primas. “Gal anulou o testamento porque quis. Ela era uma mulher forte, com opiniões próprias, sempre fez o que quis. Nunca foi uma mulher fraca para ser coagida por quem quer que seja. A história de vida dela demonstra disso”, afirmou Vanessa Bispo.
“Uma acusação de coação é muito séria e precisa ser provada. As pessoas que alegam coisas contra Wilma vão começar a responder judicialmente por injúria, calúnia e difamação. Essas alegações causam repúdio e espanto”, completou.
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