Acusado de matar adolescente, nove de ouros do "baralho da SSP" morre em confronto com PMs

Jordson Miranda Ramos dos Santos, ou ‘Medusa’, como era conhecido entre o crime organizado de Salvador, morreu em confronto com policiais militares, na madrugada desta quarta-feira (1/3), no bairro do Arenoso. Apontado como membro da facção Bonde do Maluco (BDM), Jordson era o nove de ouros do "baralho do crime" criado pela Secretária de Segurança Pública (SSP). Ele era responsabilizado pelo assassinato de um jovem de 17 anos, em dezembro de 2018.

Por meio de nota, a PM informou que a ação que vitimou Jordson foi resultado de uma troca de informações entre diversas divisões da polícia, entre elas a Rondesp, Bope e Patamo, que concluíram que, por volta das 03h30 da madrugada, estaria ocorrendo uma reunião de diversos elementos do crime organizado no Arenoso e no Macaco, localidade do bairro de Tancredo Neves. A polícia se dirigiu aos pontos suspeitos, e ao chegar no Arenoso, avistaram um bonde de homens armados.

Tentando fugir das viaturas, os suspeitos fizeram diversos disparos, onde foi realizado o revide. Após o tiroteio, dois homens foram alcançados, um deles entrou em uma casa, onde foi cercado e preso com diversas drogas e sua arma de fogo. Jordson estava entre os envolvidos e também tentou entrar em uma residência, porém, continuou atirando e acabou atingido. Ele foi socorrido para o Hospital Geral Roberto Santos, mas não resistiu aos ferimentos, sendo constatado o óbito pela equipe médica de plantão.

CRIME DE HOMICÍDIO 

"Medusa" e um comparsa, identificado como Caio Machado Regis dos Santos, são acusados de matar o estudante Jonas Ribeiro dos Santos Neto. Na época, o jovem saiu de sua casa, localizada no bairro de São Cristóvão, para curtir uma festa de aniversário no bairro de Itapuã. Ao retornar, ele acabou se descuidando e passando do ponto de ônibus que deveria descer, com isso, acabou indo parar no fim de linha do Bosque das Bromélias.

Segundo as investigações, Jordson e Caio, homicidas de Jonas, estudaram com a vítima e sabiam que ele morava em uma região controlada por uma facção rival. Ou seja, no conceito do crime organizado, Jadson estaria fora do seu território. Segundo moradores, o garoto foi espancado, torturado, enterrado e desenterrado pelos traficantes da facção BDM. A família teria recebido uma foto do jovem ainda vivo, minutos antes de ser morto, no dia 15 de dezembro de 2018. O corpo só foi encontrado na manhã de cinco de janeiro de 2019, em um porta-malas, amarrado e com um saco preto em seu rosto.

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