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Adolescente é morto durante operação da PM em parada gay na Mata Escura e família fala em tortura e execução; corporação rebate

Em entrevista à repórter Moema Bartira, do Cidade Aratu, a mãe do jovem, de prenome Eliene, garantiu que o filho não tinha problemas com a Justiça: "A polícia chegou atirando"

Por Da Redação

Adolescente é morto durante operação da PM em parada gay na Mata Escura e família fala em tortura e execução; corporação rebate  TV Aratu/reprodução


A corregedoria da Polícia Militar apura a morte de um adolescente de 16 anos, identificado pelo prenome de Alisson, durante uma operação em uma parada gay no bairro da Mata Escura, em Salvador. O caso aconteceu no último domingo (11/9) e, na quarta-feira (14), familiares realizaram uma manifestação na região. 


Em entrevista à repórter Moema Bartira, do Grupo Aratu, a mãe do jovem, de prenome Eliene, garantiu que o filho não tinha problemas com a Justiça: "A polícia chegou atirando. Um grupo de jovens, estava todo mundo junto, dando risada, curtindo a festa, e chegaram atirando, matando meu filho. Ele era estudante".


A ação foi realizada por agentes da 48ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Sussuarana). Quem avisou à mãe de Alisson que ele havia sido assassinado foi uma das irmãs do jovem. 


"Mataram o meu irmão na covardia, deram um tiro nas costas do meu irmão. Ainda disseram que o meu irmão trocou tiro com eles. Colocaram o meu irmão dentro da viatura vivo, e ficaram rodando por aí. Só chegaram com ele lá no Hospital Geral Roberto Santos às 18h".


No momento da operação, Alisson estava com dois amigos, que correram quando começaram a ouvir os disparos. Uma vizinha do adolescente, identificada como Joelma, contou que os amigos do jovem pediram para ele correr, mas ele não conseguiu: "Foi executado. Quando a gente soube da morte dele, era umas 18h. A gente sempre vai ficar nessa situação? Sem ter direito, sem ter respeito?".



Para Moema Bartira, uma das irmãs de Alisson disse que o corpo do jovem foi mudado de viatura até chegar ao hospital.  Ainda de acordo com o depoimento, antes de ser morto, Alisson foi levado para uma casa, onde foi torturado pelos agentes. "Deram um tiro, invadiram uma casa e meteram no meu irmão lá dentro, e ficaram torturando".


Em nota, a Polícia Militar informou que o grupo de jovens estava armado e disparou contra a guarnição, que estava realizando uma ronda na Rua Direta da Mata Escura. Em seguida, de acordo com a nota, houve uma troca de tiros, e Alisson foi atingido. Segundo a PM, o adolescente foi prontamente socorrido para o Hospital Geral Roberto Santos.


VEJA A NOTA NA ÍNTEGRA 


Por volta das 16h30 de domingo (11), militares da 48ª CIPM realizavam rondas quando se depararam com um grupo de homens armados na Rua Direta da Mata Escura, bairro da Mata Escura. No local, ao perceberem a presença dos policiais, os indivíduos efetuaram disparos de arma de fogo contra os militares.


Houve revide e, após cessarem os disparos, foi encontrado um homem ao solo, que foi imediatamente socorrido ao Hospital Geral Roberto Santos, onde não resistiu aos ferimentos. Com ele, foi encontrado uma pistola calibre 9mm, 5 trouxas de maconha e 15 pinos com pedras de crack, 23 pinos com cocaína e outros materiais. A ocorrência foi registrada na Corregedoria Geral.


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