Em entrevista exclusiva, Bira do Mingau fala sobre confusão na Estação Pirajá: "venho passando por depressão"
No dia em que a briga aconteceu, a Polícia Militar foi acionada pela CCR Metrô para tentar conter o homem, que se apresentou bastante nervoso
O vendedor ambulante Ademir Conceição, popularmente conhecido como Bira do Mingau, falou com exclusividade com a reportagem do Cidade Aratu, programa da TV Aratu, após ter se envolvido em uma confusão com outra vendedora na estação Pirajá nesta segunda-feira (7/11).
"Estou desde segunda-feira sem trabalhar, porque não tenho mais recurso. Tudo que eu tinha eu já gastei! Perdi a mercadoria, que foi derrubada no chão, e as coisas que eu tinha para trabalhar no dia seguinte, eu tive que doar, porque são produtos perecíveis", iniciou Bira.
No dia em que a briga aconteceu, a Polícia Militar foi acionada pela CCR Metrô para tentar conter o homem, que se apresentou bastante nervoso. Nas imagens, é possível perceber que ele relutou até, finalmente, conseguir ser contido pelos policiais.
"Eu não queria ir para a delegacia, porque meu psicológico não está bem, desde o trauma da CCR Metrô que aconteceu comigo. Eu venho passando por depressão e problemas psicológicos. Eu tentei voltar a trabalhar para melhorar e eu estava bem, mas esses conflitos, algumas pessoas me perseguindo [...]. Eles [alguns comerciantes] querem colocar minha imagem como se eu fosse uma pessoa ruim, mas eu sou muito querido pelas pessoas, por quem me conhece", concluiu, dizendo ainda que seu filho e esposa viram tudo acontecer.
A esposa de Ademir, identificada como Jaqueline, também esteve no programa e disse que foi uma situação difícil, já que o esposo é um pai de família.
"É um trabalhador, um pai de família. Não é um vagabundo! Tiveram que colocar ele na mala, por circunstâncias de provocações delas mesmo [das outras vendedoras]. Então, fica uma situação difícil, porque foi algo que envolveu a todos e somente ele saiu na mala, como um vagabundo", afirmou Jaqueline.
O OUTRO LADO DA HISTÓRIA
Dona Renilda, a vendedora credenciada da CCR Metrô, se recusou a dar a sua versão da história durante o programa Cidade Aratu. No entanto, a equipe de reportagem se deslocou até a estação Pirajá, onde a comerciante trabalha, para colher a sua versão da história.
"Em primeiro lugar, eu quero deixar bem claro, desde o início de todas as coisas, eu fui a primeira pessoa a defender ele para que ele pudesse trabalhar aqui dentro da estação. Só que, tudo isso é ambição! Eu não tenho nada contra ele [Bira do Mingau], eu só não quero ele perto de mim. Ele pode colocar a barraca dele onde quiser, mas não perto de mim, porque eu cedi e ele veio contra mim. Perdoar eu já perdoei! Se eu fiz alguma também, eu peço perdão. Mas, perto de mim, eu não quero", iniciou Renilda, que completou:
"Ele falou em outro lugar que eu estava mentindo. Que ele não me deu um murro! Deus está vendo, e Deus sabe. A pessoa que me defendeu na hora não quer falar. Já fiz corpo de delito [...]. Quem começou essa briga foi a esposa dele!".
Em seguida, Renilda explicou que, primeiro, conversou com a esposa de Bira e disse a ela que iria ceder um espaço para o homem, porque ela era mãe de família. No entanto, em seguida, ela afirma que Jaqueline invadiu o seu espaço e que, por esse motivo, suas vendas começaram a cair.
"Me disse que se eu não fosse nova daria um murro na minha cara e que 'tocava' fogo na minha mercadoria. Ela está dizendo que eu estou mentindo, mas tem muita gente de prova! Ela não se contentou e foi chamar ele [Bira do Mingau], que estava do outro lado. Ele veio e perguntou para mim se eu iria tirar a mercadoria deles e eu disse que não. Depois, ele levantou a minha mercadoria, jogou tudo para cima e quebrou minha vasilha", concluiu.
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