São Gonçalo do Retiro: vizinhos acusam PM de matar morador; major afirma que policiais foram 'recebidos a tiros'
Morador passava na rua no momento em que o tiroteio foi deflagrado; vizinhos protestaram na quinta-feira (7/7)
Após a morte de um homem, identificado Antônio Cesar Caldas de Assis, de 52 anos, moradores do bairro de São Gonçalo do Retiro acusam a Polícia Militar (PM) de ter agido de forma truculenta e causado o óbito. A operação passa por perícia e investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), que busca entender de onde veio a bala que atingiu Antônio.
O major Luciano Jorge, responsável pela 23ª Companhia Independente de Polícia Militar (23ªCIPM/Tancredo Neves), afirmou a Aratu On que os policiais militares foram "recebidos a tiros" no local. Por meio de nota, a PM afirmou que, no momento do disparo, os militares trocavam tiros com homens armados que, após o ato teriam fugido por uma viela.
Antônio não foi socorrido pelos policiais depois da troca de tiros. Segundo o major, os policiais não teriam percebidos nenhum baleado. De acordo com Luciano Jorge, horas depois, os agentes souberam que um homem vítima de disparos de arma de fogo deu entrada no hospital e foram ao local, constatando a relação da morte do homem com a troca de tiros em São Gonçalo do Retiro.
Protestos aconteceram no bairro, onde a PM esteve no local e negociou a liberação da pista na noite desta quinta-feira (6/7).
INVESTIGAÇÃO
Por meio de nota, a Polícia Civil da Bahia informou que os policias já foram ouvidos e as armas recolhidas para perícia. As testemunhas da população também serão escutadas e o caso segue em investigação. "Solicitamos a presença do Serviço de Investigação de Local de Crime (Silc) que vai determinar, com os laudos periciais, de onde saiu o projétil que vitimou o morador", esclareceu o major.
Segundo o oficial militar, em caso de apontamento dos laudos de que o disparo veio da arma de um militar, a investigação será desdobrada em um processo administrativo criminal, para ser estudada a postura e conduta dos agentes envolvidos.
Com o processo finalizado, os autos serão enviados ao Ministério Publico (MP) e, em posse das provas produzida, o MP pode denunciar para deflagrar a ação penal ou não. "Precisamos esperar, tem casos de que, apesar da convicção da população, os laudos apontam que o tiro não partiu da arma de um militar", destacou o major.
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