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Transalvador apreende "trenzinho" de trabalhador e "Dr. Pipoca" chora; "colocaram em cima do guincho"

Este é o meio que o comerciante tem para ganhar seu dinheiro e sustentar a sua família. Ele também tem um carrinho de pipoca, mas só utiliza no período em que há aula nas escolas.

Por Da Redação

Transalvador apreende "trenzinho" de trabalhador e "Dr. Pipoca" chora; "colocaram em cima do guincho"  TV Aratu

Quem mora no bairro de Periperi, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, deve conhecer o senhor Hamilton Santos, mais conhecido como "Dr. Pipoca". Famoso por vender pipocas na Praça da Revolução em seu "trenzinho" de brinquedo e fazer a alegria das crianças da região, o cenário não está dos mais felizes para ele.


Ao sair de casa para mais um dia de vendas, Hamilton foi parado, na tarde de quarta-feira (29/6), por uma viatura da Superintendência de Trânsito de (Transalvador) e teve seu veículo apreendido. Isso porque, além dos pedais acoplados ao seu carrinho, existe também um motor no equipamento. 


Entrevistado pela TV Aratu, Hamilton, bastante emocionado, contou como tudo aconteceu. "Eu estava saindo de casa, quando eles [Transalvador] me abordaram e falaram para encostar. Quem olhar para o meu trenzinho vai ver que é todo enfeitado para criança [...] Aí ele falou: 'tá' preso!", relembrou o vendedor, chorando. 


Este é o meio que o comerciante tem para ganhar dinheiro e sustentar sua família. Ele também tem um carrinho de pipoca, mas só usa no período em que há aula nas escolas. O "trenzinho" é utilizado nas sextas, sábados e domingos, que é quando ele costuma ganhar mais e leva o sustento necessário para sua família. 


"Eu, no desespero, tentei desacoplar. Ele [agente] disse que estava tudo preso. Ai eu falei: 'deixa eu ficar pelo menos com a parte da 'motinha', para eu trabalhar'. Eles disseram que não", afirmou.


Hamilton investiu R$ 5 mil para colocar um motor no veículo. Por conta disso, a Transalvador apreendeu e levou o trem. O desejo do trabalhador, agora, é conseguir dinheiro para pagar a multa e tirar o veículo do pátio. Á reportagem, ele contou que, quando estiver com o trenzinho de volta, vai retirar o motor e voltar a circular apenas pedalando. 


"Me chamam de Dr. Pipoca. Todo mundo se alegra aqui, principalmente as crianças. As escolas me chamam para fazer eventos. Algumas crianças que não têm condições de andar no 'trenzinho'. Às vezes, eu levo para andar, porque às vezes são necessitadas, não têm condições. Quando eu vi que realmente estava preso, eu entrei em desespero. Eles pegaram meu trenzinho e colocaram em cima do guincho", completou Hamilton. 



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