Ceramista e sambadeira Dona Cadu morre aos 104 anos, na Bahia
Ricardina Pereira da Silva morreu em Maragogipe, no Recôncavo Baiano, onde residia
Morreu nesta terça-feira (21/5), aos 104 anos, Ricardina Pereira da Silva, popularmente conhecida como "Dona Cadu", a ceramista mais antiga em atividade no Brasil. Residente de Maragogipe, no Recôncavo Baiano, ela dedicou a vida à criação de panelas, pratos e outros utensílios artesanais de barro no distrito de Coqueiros.
Dona Cadu nasceu em 14 de abril de 1920, em São Félix, também no Recôncavo. Além de sua habilidade como ceramista, ela era uma líder comunitária, guardiã de saberes ancestrais, memória viva das confluências afro-indígenas e sambadeira.
Em reconhecimento ao seu trabalho e contribuição cultural, Dona Cadu foi agraciada com o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) em 2020 e pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 2021.
Ela também é identificada como um "Tesouro Humano Vivo", no Memorial Valorativo, conforme termos propostos pela UNESCO, destacando-se como uma das mais significativas personalidades na difusão da tradição oral, poética e performática do recôncavo baiano.
NOTA DE PESAR
Personalidades e entidades lamentaram a morte de Dona Cadu, a exemplo da Coordenação de Fomento ao Artesanato/Setre, a UFRB e o presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro.
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