Dirigido por Wagner Moura, filme "Marighella" leva 8 categorias e é o grande vencedor do 21º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro
Com oito troféus Grande Otelo, o filme "Marighella", dirigido pelo baiano Wagner Moura, foi o grande vencedor do 21º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.
Com oito troféus Grande Otelo, o filme "Marighella", dirigido pelo baiano Wagner Moura, foi o grande vencedor do 21º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. A solenidade de premiação foi realizada pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais na noite dessa quarta-feira (10/8), na Cidade das Artes Bibi Ferreira, no Rio de Janeiro.
O longa-metragem foi premiado nas seguintes categorias: melhor longa-metragem ficção, melhor primeira direção de longa-metragem, melhor ator (Seu Jorge), melhor roteiro adaptado, melhor direção de fotografia, melhor som, melhor direção de arte e melhor figurino.
Na ocasião, Wagner - que fez seu primeiro filme como diretor - comentou que escrever roteiro é o ofício mais difícil da indústria cinematográfica mesmo em "condições de democracia normal". Depois, agradeceu aos colegas que leram o roteiro previamente e a todos os "ex-guerrilheiros da ALN" (Ação Libertadora Nacional), "que prestaram um serviço incrível e foram muito generosos conosco".
O Troféu Grande Otelo de melhor ator foi para Seu Jorge, intérprete de Marighella, e o de melhor atriz foi para Dira Paes, no filme Veneza. Zezé Motta ganhou na categoria melhor atriz coadjuvante, no longa "Doutor Gama", enquanto Rodrigo Santoro, com "7 Prisioneiros" foi escolhido melhor ator coadjuvante. Este ano, o Prêmio contou com apoio da prefeitura carioca, da Secretaria Municipal de Governo e Integridade Pública (Segovi) e RioFilme.
Com direção de Batman Zavareze e roteiro de Bebeto Abrantes, a cerimônia exibiu imagens de produções que marcaram a história do audiovisual. Foram anunciados 32 prêmios, nas categorias: longa-metragem, curta-metragem e séries brasileiras, escolhidos pelo amplo júri formado por profissionais associados à Academia Brasileira de Cinema.
Outra premiação foi a de melhor filme pelo escolhido pelo júri popular, que ficou com "O Auto da Boa Mentira", de José Eduardo Belmonte, que teve votação pelo site da instituição. Mantendo a tradição, a abertura dos envelopes ocorreu ao vivo. O prêmio de melhor direção foi entregue a Daniel Filho, pelo longa-metragem "O Silêncio da Chuva".
O 21º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro homenageou as mulheres produtoras de cinema que têm sido, ao longo da história, protagonistas na realização de filmes dos mais diversos gêneros. O evento celebrou também os 60 anos do filme "O Pagador de Promessas", dirigido por Anselmo Duarte (1920-2009), e que é o único longa-metragem brasileiro a conquistar a Palma de Ouro do Festival de Cannes, em 1962.
A edição 2022 também marcou o retorno do prêmio ao Rio de Janeiro, em solenidade presencial, depois de três edições em São Paulo, sendo que as duas últimas, em 2020 e 2021, foram realizadas no formato virtual, em razão da pandemia do novo coronavírus
CONFIRA TODOS OS GANHADORES DO 21º GRANDE PRÊMIO DO CINEMA BRASILEIRO
Melhor longa-metragem ficção:
Marighella, de Wagner Moura. Produção: Bel Berlinck, Andrea Barata
Ribeiro, Fernando Meirelles por O2 Filmes e Wagner Moura por Maria da Fé
Melhor filme - júri popular:
O Auto da Boa Mentira, de José Eduardo Belmonte. Produção: Mônica
Monteiro, Fátima Pereira e Luciana Pires por Cinegroup.
Melhor direção:
Daniel Filho por O Silêncio da Chuva
Melhor primeira direção de longa-metragem:
Wagner Moura por Marighella
Melhor ator:
Seu Jorge como Marighella por Marighella
Melhor ator coadjuvante:
Rodrigo Santoro como Luca por 7 Prisioneiros
Melhor atriz:
Dira Paes como Rita por Veneza
Melhor atriz coadjuvante:
Zezé Motta como Francisca por Doutor Gama
Melhor filme internacional:
Nomadland - Nomadland (EUA) / Documentário / Direção: Chloe Zhao
Melhor filme ibero-americano:
Ema - Ema (Chile) / Ficção / Direção: Pablo Larraín
Melhor longa-metragem documentário:
A Última Floresta, de Luiz Bolognesi. Produção: Caio Gullane; Fabiano Gullane por Gullane, Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi por Buriti Filmes
Melhor longa-metragem comédia:
Depois A Louca Sou Eu, de Julia Rezende
Produção: Mariza Leão por Atitude Produções e Empreendimentos
Menção honrosa – longa-metragem animação:
Bob Cuspe – Nós Não Gostamos De Gente, de Cesar Cabral
Produção: Cesar Cabral e Anália Tahara por Coala Produções Audiovisuais
Melhor longa-metragem infantil
Turma Da Mônica – Lições, de Daniel Rezende.
Produção: Bianca Villar, Fernando Fraiha e Karen Castanho por Biônica Filmes, Marcio Fraccaroli por Paris Entretenimento e Daniel Rezende
Melhor curta-metragem documentário
Yaõkwa, Imagem e Memória, de Rita Carelli e Vincent Carelli
Melhor curta-metragem de animação
Mitos Indígenas Em Travessia, de Julia Vellutini e Wesley Rodrigues
Melhor curta-metragem de ficção
Ato, de Bárbara Paz
Melhor montagem ficção
Karen Harley, Edt por Piedade
Melhor montagem documentário
Ricardo Farias por A Última Floresta
Melhor roteiro original
Henrique dos Santos e Aly Muritiba por Deserto Particular
Melhor roteiro adaptado
Felipe Braga e Wagner Moura - adaptado da obra "Marighella: O Guerrilheiro que Incendiou o Mundo", de Mario Magalhães - por Marighella
Melhor direção de fotografia
Adrian Teijido, Abc, por Marighella
Melhor efeito visual
Pedro de Lima Marques por Contos do Amanhã
Melhor som
George Saldanha, Abc, Alessandro Laroca, Eduardo Virmond Lima e Renan Deodato por Marighella
Melhor direção de arte
Frederico Pinto, ABC por Marighella
Melhor maquiagem
Martín Macías Trujillo por Veneza
Melhor figurino
Verônica Julian por Marighella
Melhor série brasileira documentário, de produção independente - tv paga/ott
Transamazônica - Uma Estrada Para O Passado – 1ª Temporada (HBO e HBO GO) Direção Geral: Jorge Bodanzky. Produtora Brasileira Independente: Ocean Films.
Melhor série brasileira animação, de produção independente - TV paga/ott
Angeli The Killer – 2ª Temporada (Canal Brasil). Direção Geral: Cesar Cabral. Produtora Brasileira Independente: Coala Produções Audiovisual.
Melhor série brasileira ficçao, de produção independente - TV aberta
Sob Pressão – 4ª Temporada (Globo). Direção Geral: Andrucha Waddington. Produtora Brasileira Independente: Conspiração
Melhor série brasileira ficção, de produção independente - TV paga/ott
Dom – 1ª Temporada (Amazon Prime Video) Direção Geral: Breno Silveira. Produtora Brasileira Independente: Conspiração
Melhor trilha sonora
André Abujamra e Márcio Nigro por Bob Cuspe - Nós Não Gostamos de Gente
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