São João em Senhor do Bonfim: Sfrega, atrações, como chegar e onde ficar; confira dicas

O “São JuOn” está percorrendo municípios da Bahia que realizam o São João para passar as melhores dicas para você. Depois de passar por Amargosa, Cruz das Almas, Riachão do Jacuípe e Santo Antônio de Jesus, continuamos nossa "tour" e desembarcamos em Senhor do Bonfim, no centro-norte do estado.

A cerca de 375 km de Salvador, a cidade é nacionalmente conhecida pelas "guerras de espadas juninas", proibidas pelo Ministério Público desde 2017. Ainda assim, Bonfim continua atraindo diversos turistas para o São João da praça e também para o Forró do Sfrega, festa privada que acontece há mais de 20 anos.

Como chegar

Saindo de Salvador, há duas formas de chegar a Senhor do Bonfim, de carro ou de ônibus, pela empresa de viação Rota. As passagens custam a partir de R$ 129,90 (média).

- Carro: é possível pegar a BR-324 e depois entrar na BR-407. Esse percurso tem pedágio (R$ 6,40), dura aproximadamente 5h40 minutos e tem 394 km. Outra rota possível é pegando a BA-512; BR-324 e BR-407, nessa ordem. O trajeto tem 472 km e pode durar 7h20.

- Ônibus: a empresa que leva de Salvador a Senhor do Bonfim é a Rota (clique aqui), com 15 horários disponíveis na semana do São João, sendo o primeiro às 5h e o último às 23h30.

Onde ficar

Os donos de imóveis alugam suas casas para suprir a alta demanda de procura por hospedagem na cidade nesta época. Além disso, o município possui 1.200 leitos, distribuídos em dez hotéis e quatro pousadas, com diárias variadas. Veja algumas opções:

- Novoleste Hotel: Praça Lauro Freitas, 44, Centro, Senhor do Bonfim
Telefone: (74) 3221-5510

- Hotel Soul: Rua Cônego Hugo, 195 Centro, Senhor do Bonfim
Telefone: (74) 99107-7484 (WhatsApp)

- Hotel Nobre: Avenida João Durval Carneiro, 1565 - São Jorge, Sr. do Bonfim
Telefone: (74) 3541-6637

Uma dica é conferir sites e/ou aplicativos que oferecem preços promocionais, a exemplo do Booking, Tripadvisor, Skyscanner, 123 milhas, etc.

Festa na praça

O tema do São João Bonfinense de 2023 é "Toda Poesia e Tradição no Maior e Melhor São João". Serão mais de 50 atrações de 21 a 25 de junho, e haverá, ainda, a volta do "Trem do Forró", que transporta forrozeiros durante as festividades juninas.

Artistas como Adelmário Coelho, Flávio José, Cicinho de Assis, Maiara e Maraisa, Nadson O Ferinha, João Gomes, Limão com Mel já estão confirmados, no Espaço Gonzagão e no Circuito Assis do Acordeon. No primeiro, os shows começam às 21h, todos os dias. No segundo, as apresentações ocorrem das 15h às 22h, de 23 a 25 de junho.

Programação do Circuito Assis do Acordeon (Praça Nova do Congresso)
Dia 23: Atrações culturais e músicos bonfinenses
Dia 24: Sérgio do Forró
Dia 25: Assisão e a Banda Limão com Mel
Espaço Gonzagão (Travessa Roberto Santos)
Quarta-feira (21)
Vencedor do Festival de Música Bonfinense
João Gomes
Nadson Ferinha
Lara Amélia
Quinta-feira (22)
Finalista do Festival de Música Bonfinense
Bruno e Marrone
Zé Vaqueiro
Nino Coutinho
Sexta-feira (23)
Finalista do Festival de Música Bonfinense
Flávio José
Adelmário Coelho
Forró Piseiro
Sábado (24)
Finalista do Festival de Música Bonfinense
Alcymar Monteiro
Eduardo Costa
Cicinho de Assis
Domingo (25)
Finalista do Festival de Música Bonfinense
Iguinho e Lulinha
Maiara e Maraísa
Brega & Vinho

Forró do Sfrega

Uma das festas privadas mais famosas de junho, o Sfrega 2023 promete 10 horas de festa open bar, no dia 24 (sábado). As atrações confirmadas são Raí Saia Rodada, Léo Santana, Tarcísio do Acordeon e Thiago Aquino.

Os ingressos custam a partir de R$ 210,00 e podem ser comprados pela internet (clique aqui para saber mais).

História*

A história da formação de Senhor do Bonfim está diretamente relacionada à busca de ouro e pedras preciosas e à introdução da criação de gado no sertão baiano. Em fins do século XVI, portugueses pertencentes à Casa da Torre, organizavam expedições com destino ao rio São Francisco e às minas de ouro de Jacobina, iniciando a ocupação do interior da província e a formação de vias de comunicação com o litoral.

Situado em zona de passagem dessas expedições, estabeleceu-se no território do atual município uma rancharia de tropeiros no século XVII, servindo de pouso para vaqueiros, bandeirantes e desbravadores que transitavam naquela região. Na mesma época, dentro da estratégia de catequese das populações indígenas, foi criado o arraial da Missão do Sahy a partir de 1697, dirigido pela Ordem dos Frades Menores ou Ordem dos Padres Franciscanos. No Arraial, estabelecido nas proximidades de uma aldeia pataxó, foram construídos convento e igreja sob invocação de Nossa Senhora das Neves. Em 1720, o arraial do Sahy passou à categoria de Vila, sediando a comarca de Jacobina até 1724, quando a sede foi transferida para a Vila de mesmo nome.

Com o crescimento da atividade pecuária, a expansão das pastagens e o consequente avanço da ocupação do sertão baiano, formou-se uma povoação ao redor da antiga rancharia, às margens da estrada das Boiadas Em 1750, o núcleo contava com várias edificações e com população estabelecida, recebendo a denominação de arraial de Senhor do Bonfim da Tapera.

O Arraial, além de rota para a penetração no território, destacava-se como importante núcleo, desenvolvendo-se com base em atividades ligadas à criação de gado. As riquezas minerais da Região, além da localização privilegiada do Arraial, atraíam grande número de tropeiros, aventureiros e peões vindos de outras partes da Bahia e do Nordeste, dificultando o controle e a ordem na localidade.

Depois, o local requereu ao governo a criação da Vila e, em 1885, foi elevado à categoria de cidade, passando a se chamar Senhor do Bonfim.

*Informações do site da Prefeitura de Senhor do Bonfim.

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