Ex-oficial de inteligência dos EUA fala sobre 'programa secreto' de caça aos óvnis em novo livro
Luiz Elizondo traz memórias em 'Imminent', lançado nessa última terça-feira (20)
Luis Elizondo, ex-oficial sênior de inteligência do Pentágono, nos Estados Unidos (EUA), voltou às manchetes com novas revelações. Em 2017, ele renunciou ao seu cargo, onde liderava um programa secreto de investigação de óvnis (objetos voadores não identificados), e denunciou publicamente o que considerava ser excesso de sigilo, falta de recursos e oposição interna que comprometiam os esforços da iniciativa.
As denúncias ganharam ampla repercussão, especialmente após a divulgação de vídeos e depoimentos de pilotos da Marinha dos EUA que relataram encontros com fenômenos aéreos inexplicáveis. Essas revelações impulsionaram investigações no Congresso dos Estados Unidos, resultando em nova legislação e uma audiência na Câmara em 2023, onde um ex-oficial de inteligência testemunhou sobre a recuperação de objetos de origem não humana pelo governo federal.
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Agora, aos 52 anos, Elizondo vai além em seu livro de memórias recém-lançado, "Imminent: Por dentro da caça do Pentágono por óvnis", publicado pela HarperCollins nessa última terça-feira (20/8). No livro - ao qual o jornal The New York Times teve acesso à cópia antecipada, sob emgargo -, ele afirma que um programa de recuperação de óvnis opera há décadas, composto por funcionários do governo em colaboração com empreiteiros de defesa e aeroespaciais. Segundo o autor, ao longo dos anos, tecnologias e restos biológicos de origem não humana foram recuperados de acidentes.
“A humanidade, de fato, não é a única forma de vida inteligente no universo e não é a espécie dominante”, escreveu Elizondo em "Imminent", que foi submetido a uma revisão de segurança de um ano pelo Pentágono antes da publicação. A autorização do Pentágono, no entanto, não implica em endosso ao conteúdo do livro.
Com uma carreira militar de alto escalão, Elizondo liderou programas altamente confidenciais tanto para a Casa Branca quanto para o Conselho de Segurança Nacional. Em 2009, ele foi recrutado para o Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais, que investigava relatos de óvnis. Em seu livro, ele detalha sua luta para investigar esses fenômenos e seus esforços contínuos, desde sua renúncia em 2017, para promover maior transparência sobre o que se sabe oficialmente sobre os óvnis.
Ele também relata encontros pessoais com fenômenos inexplicáveis, como esferas verdes que teriam visitado sua casa enquanto ele ainda trabalhava para o Departamento de Defesa. No livro, o ex-oficial expressa preocupação com o potencial perigo representado por uma tecnologia que, segundo ele, supera em muito o que os Estados Unidos ou outros países possuem ou conseguem explicar.
As investigações lideradas por Elizondo examinaram avistamentos, quase-acidentes e outros encontros entre óvnis e caças da Marinha, além de coletar dados de incidentes envolvendo operações militares e de inteligência, incluindo imagens de manobras extraordinárias de naves capturadas por sensores sofisticados. Segundo ele, veículos com "tecnologia além da próxima geração" têm sido observados desde os anos 1940. Durante a Guerra Fria, nos anos 1950, o sigilo em torno desses avistamentos se intensificou, pois "quem controlasse tal tecnologia poderia controlar o mundo", escreveu.
Embora muitas informações coletadas pelo programa permaneçam confidenciais, dois vídeos da Marinha sobre "fenômenos anômalos não identificados" foram liberados ao público a pedido de Elizondo e divulgados pelo The New York Times em dezembro de 2017, quando a existência da unidade secreta de óvnis do Pentágono veio à tona.
Em entrevista, o autor do oivro afirmou ter conhecimento direto sobre o que discute, mas que suas autorizações de segurança o impedem de revelar a fonte de seu conhecimento. Ele obteve a aprovação do Pentágono para publicar seu livro, em parte atribuindo algumas das informações a outras fontes cujas declarações já haviam sido aprovadas.
Sem interesse prévio em óvnis, Luiz Elizondo cresceu na Flórida, filho de mãe americana e pai cubano que lutou ao lado de Fidel Castro antes de romper com ele e participar da invasão da Baía dos Porcos em 1961. Ensinado a atirar, pilotar motocicletas e aviões pelo pai, ele ingressou na faculdade e se alistou no Exército, onde serviu no Afeganistão e conduziu missões antiterrorismo contra o Estado Islâmico, Al Qaeda e Hezbollah. Mais tarde, liderou programas secretos na Base Naval e prisão da Baía de Guantánamo.
Em "Imminent", ele também escreve sobre encontros pessoais com UAPs, descrevendo esferas verdes do tamanho de uma bola de basquete que invadiram sua casa por mais de sete anos, comportando-se como se estivessem sob controle inteligente. As esferas também foram testemunhadas por sua esposa, duas filhas e seus vizinhos.
Quanto aos "nossos amigos de fora", Elizondo é cauteloso: "Eles não parecem ser benevolentes", escreveu ele. "Talvez sejam neutros. Ou podem representar uma ameaça à humanidade. Não podemos mais enfiar nossas cabeças na areia. Sabemos que não estamos sozinhos."
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