Bahia registra recorde em exportações no mês de abril; alta nos preços por conta da guerra é um dos fatores
A venda de produtos baianos refletiu de forma geral o impacto da guerra Rússia-Ucrânia sobre os preços dos produtos exportados e que ainda estão pressionados e pelo descompasso entre oferta e demanda resultante da pandemia.
As exportações baianas registraram um valor de 1,5 bilhão de dólares em abril, mês marcado por forte aceleração de preços dos produtos e aumento dos volumes comercializados no exterior.
O resultado é o maior da série histórica iniciada em 1998, equivalente a um avanço de 73,4% em relação ao valor apurado em abril de 2021. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), que é vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan).
A venda de produtos baianos refletiu de forma geral o impacto da guerra Rússia-Ucrânia sobre os preços dos produtos exportados e que ainda estão pressionados e pelo descompasso entre oferta e demanda resultante da pandemia e intensificado com o impacto dos lockdowns na China.
No acumulado de janeiro a abril, as exportações baianas atingiram US $4,07 bilhões, resultado 54,7% superior ao mesmo período do ano passado.
No recorte por setor, houve crescimento em abril de 101,7% nas exportações da indústria de transformação, com destaque para os derivados de petróleo que cresceram 193,1%, embalados pelas altas cotações do petróleo no mercado internacional. Também houve aumento de 14,2% na agropecuária.
A Ásia seguiu reforçando as compras da Bahia, liderando os destinos, com 37,3% de participação nas exportações em abril. A fatia da União Europeia ficou em 19,3%, enquanto que a América do Norte respondeu por 10,7%.
IMPORTAÇÕES
Já as importações somaram US$ 852,1 milhões em abril, 17% acima do registrado em abril de 2021, com destaque para os desembarques de combustíveis e fertilizantes. Em 2022, as importações baianas acumulam US$ 3,69 bilhões, 151,7% acima do resultado acumulado até abril do ano passado e com expectativa que encerre o ano com um resultado bem acima do valor de 2021.
Em abril, a alta das importações foi comandada por preços, com avanço de 22,2%. Houve queda no volume desembarcado em 18,1%, o que reflete a fraca dinâmica da atividade econômica. Destaque para as compras de combustíveis com elevação de 59% e de bens intermediários (fertilizantes borracha e trigo).
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