Economia

Endividamento familiar cresce 13% nas capitais brasileiras no período de dois anos

Segundo levantamento da FecomercioSP, são 12,73 milhões de lares nessa situação

Por Da Redação

Endividamento familiar cresce 13% nas capitais brasileiras no período de dois anosNeste período, 1,45 milhão das famílias nas capitais passaram a ter dívidas ativas. Foto: Freepik

O número de famílias brasileiras endividadas cresceu 12,8% nos últimos dois anos, passando de 11,28 milhões para 12,73 milhões, segundo estudo  divulgado nesta segunda-feira (2) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em dados do IBGE, da Confederação Nacional do Comércio e da própria entidade.


Nesse período, 1,45 milhão das famílias nas capitais passaram a ter dívidas ativas, como fatura do cartão de crédito, boletos do varejo ou financiamentos de carros e imóveis. 


Apesar do aumento do número absoluto, o índice de endividamento das capitais se manteve intacto nos últimos dois anos, com 78% dos lares endividados.

 

De acordo com a FecomercioSP, a principal explicação para esse fenômeno é geográfica, já que houve aumento populacional desses centros urbanos nos últimos anos, crescendo, também, a quantidade de lares. Assim, embora a proporção de casas endividadas tenha se mantido estável, a elevação do número de famílias impactou a quantidade de gente endividada nesses locais.


No entanto, os efeitos econômicos desse fato não são tão positivos, na visão da Entidade. Quanto maior o número de famílias convivendo com dívidas, mais caro fica o crédito no mercado, elevando, como consequência, o risco de inadimplência, principalmente em um cenário de juros altos ou inflação pressionando o consumo.


Há, ainda, variações importantes entre as cidades que exigem interpretações localizadas dessa conjuntura. Em São Paulo, onde há o maior número absoluto de famílias endividadas (2,88 milhões, segundo os dados), a explicação está no crescimento populacional. É o mesmo caso no Rio de Janeiro, com 2,02 milhões de famílias nessa situação, ou no Distrito Federal, onde essa quantidade é de 765,8 mil lares. 


O sinal de alerta acende quando o aumento do endividamento atinge áreas fora dos grandes centros, como Vitória e Boa Vista, onde o número subiu 13,3%. Nesses locais, é essencial que as autoridades promovam educação financeira e que as famílias controlem melhor o uso de crédito no orçamento.


A FecomercioSP ressalta que esse desequilíbrio entre as capitais também se explica pelas condições macroeconômicas de cada Estado e região, em que indicadores como inflação, juros e renda familiar criam circunstâncias distintas pelo País [tabela 2]. Assim, não é à toa que o crescimento do endividamento em algumas cidades seja compensado pela queda do mesmo índice em outras. 


A FecomercioSP reitera que mesmo que esse endividamento represente mais acesso da população ao crédito e aumento do consumo, também traz riscos: se mal gerido, pode levar à inadimplência e à exclusão no mercado. Por isso, é fundamental equilibrar o incentivo ao consumo com medidas que protejam o orçamento das famílias, especialmente as mais vulneráveis.


LEIA MAIS: Gás de cozinha fica mais caro nesta segunda-feira na Bahia


Siga a gente no InstaFacebook e no X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).


Importante: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Aratu On.

Aratu On

O Aratu On é uma plataforma focada na produção de notícias e conteúdos, que falam da Bahia e dos baianos para o Brasil e resto do mundo.

Política, segurança pública, educação, cidadania, reportagens especiais, interior, entretenimento e cultura.
Aqui, tudo vira notícia e a notícia é no tempo presente, com a credibilidade do Grupo Aratu.

Siga-nos

Nós utilizamos cookies para aprimorar e personalizar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda em contribuir para os dados estatísticos de melhoria. Conheça nossa Política de Privacidade e consulte nossa Política de Cookies.