Heróis e heroínas do 2 de julho: conheça as figuras mais importantes das lutas pela independência
Este mês, a TV Aratu exibiu uma série de reportagens sobre o bicentenário da independência do Brasil na Bahia no AN
Após quase um ano de batalhas, o povo baiano conseguiu expulsar os portugueses da Bahia e, finalmente, proclamar a Independência do Brasil no estado. E foi assim que, há 200 anos, nasceu o 2 de julho, dia marcado por muita festa e desfile cívico em Salvador e no Recôncavo Baiano.
Em 1824, um ano após a independência, velhos combatentes decidiram que era necessário comemorar essa conquista. Segundo a historiadora Wlamyra Albuquerque, depois da Batalha de Pirajá, um grupo resolveu comemorar a vitória e improvisou um cortejo com uma das carroças que teriam sido tomadas dos portugueses.
Já nesse primeiro ano após a expulsão dos colonizadores, nasceu o carro do caboclo, um dos heróis de guerra do 2 de julho. Em entrevista ao programa Aratu Notícias (AN), o professor Milton Moura disse que não sabe ao certo, porém, quando surgiu a cabocla, personagem importante nessas comemorações:
"Qual é a iconografia nuclear que nós temos? A figura de um indígena ou uma indígena, vestidos como se acredita que os indígenas se vestiam. A festa é do caboclo e da cabocla, e todo mundo que vai ali sabe disso. Eles são o imperador e a imperatriz da Baía de Todos-os-Santos".
Este mês, a TV Aratu exibiu uma série de reportagens sobre o bicentenário da independência do Brasil na Bahia no AN. No último sábado (22/7), o tema do programa foi “A Celebração ao 2 de Julho”.
HERÓIS E HEROÍNAS
Além de ser um momento de comemoração, a festa foi construída para demarcar o processo de independência. "Não existe nação que não tenha em sua narrativa fundante pelo menos uma grande heroína e um grande herói", ressalta Milton Moura. Entre esses heróis, estão os encourados, como detalha o historiador e fotógrafo Miguel Teles: "Esses homens foram 39 conterrâneos meus, lá de Pedrão, que saíram para lutar em Cabrito e Pirajá".
Uma grande heroína da independência, muito questionada por parte dos historiadores, é Maria Felipa, apontada como uma das mais importantes guerreiras de Itaparica. Para o pesquisador Augusto Albuquerque, por mais que não haja registros que comprovem que ela existiu, a figura de Maria Felipe continua sendo de extrema relevância na celebração do 2 de julho e na lembrança do papel de Itaparica em todo esse processo.
Maria Quitéria, que também participou ativamente das batalhas, chegou a ser condecorada com a insígnia da Imperial Ordem do Cruzeiro pelo Imperador Dom Pedro I. "Era um símbolo de prestígio, de poder, muito forte, muito grande", comenta a historiadora Marianna Farias.
Quem também será sempre lembrada como uma das guerreiras da Bahia é a freira Joana Angélica, que, ao tentar proteger o convento da Lapa, foi morta por soldados portugueses. Após conseguir ganhar tempo para que as outras noviças fugissem, Joana Angélica foi assassinada por golpes de baioneta na porta do convento.
Confira a reportagem na íntegra:
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