De Feira para o mundo: conheça Lucas, adolescente que vai para os EUA participar do projeto Jovens Embaixadores
Todos os anos, 50 estudantes de escolas públicas do Brasil são selecionados pela Embaixada e Consulados dos Estados Unidos para fazer parte do programa
Foram três meses de processo seletivo até Lucas Ramos, de 17 anos, estudante do Instituto Federal da Bahia (IFBA) em Feira de Santana, descobrir que foi aprovado para conhecer os Estados Unidos como um Jovem Embaixador. A seleção é composta por seis etapas e, para se qualificar, toda a sua história de vida e ações dos últimos meses são vistas como pré-requisitos.
Todos os anos, 50 estudantes de escolas públicas do Brasil são selecionados pela Embaixada e Consulados dos Estados Unidos para fazer parte do programa. E o processo seletivo não é fácil: a concorrência é de cerca de 140 pessoas para uma vaga.
Antes de pensar em ir para fora, Lucas começou a olhar para dentro, para os lados, para o que acontecia ali na rua, perto de casa, e também para a própria casa. Há três anos, quando foi convidado para participar um processo seletivo para fazer trabalho voluntário em uma TV comunitária de Feira de Santana, ele nem pensou: no outro dia, já estava no estúdio, aprendendo o que precisava para se tornar filmmaker. Com o passar do tempo, trabalhou como operador de mesa e, depois, técnico de iluminação.
"Eu atuo principalmente na minha igreja. A gente grava e transmite de forma gratuita para pessoas que, por algum motivo, não puderam estar lá, não podem sair de casa por necessidades especiais. Por exemplo, o meu avô. Ele tem um problema de locomoção e não consegue andar ou ficar muito tempo em pé, prefere assistir tudo pela televisão. Eu me identifiquei muito com o trabalho, que tem um grande impacto social, que leva a informação para as pessoas".
VIAGEM
No final das contas, toda essa dedicação mostrou ter um significado extra para Lucas: não fosse por ela, o estudante não estaria nem apto a se inscrever nas seletivas do Jovens Embaixadores.
"Esse processo começa muito antes de você acessar o site e colocar os seus dados. Você precisa ser estudante de escola pública e estar engajado em um projeto de impacto social há mais de seis meses. São seis etapas, com provas, redações e entrevista com um avaliador norte-americano. As perguntas são sobre você, sobre o projeto, sobre o que você espera".
O resultado veio por e-mail. Mesmo que confiasse no processo e achasse que seria aprovado, batia um medinho de vez em quando. Os pais, professores do IFBA e alguns colegas do projeto social também esperavam.
"Eu já sentia que iria ser aprovado no programa. Quando abri o e-mail, me senti nas nuvens, como se o mundo tivesse parado, mesmo que, lá no fundo, eu já soubesse que fosse conseguir. Fiquei muito feliz. Estava sentindo o sangue correr forte durante o dia todo".
Lucas vai para Brasília no dia 9 de janeiro. Lá, vai tirar o visto americano, conhecer os outros 49 selecionados e participar de palestras. Da capital do Brasil, vai direto para a capital dos Estados Unidos, Washington, para participar de mais eventos e se ambientar no país estrangeiro. Depois, cada um dos 50 brasileiros vai ser encaminhado para morar com uma "host family", uma família americana que vai abrigá-los e levá-los a escolas e centros comunitários da região. Lucas vai ficar em Huntsville, cidade mais populosa do Alabama.
Na volta, depois dos 21 dias de viagem, a ideia dele é aplicar tudo o que aprendeu lá, aqui. Além do projeto social do qual já faz parte, o estudante está se preparando para implementar um novo, mas ainda não pode falar muito sobre. Independentemente do que decidir, ele vai ser acompanhado pelo programa na volta. Por enquanto, ele está mesmo é vivendo o momento:
"Sempre tive vontade de fazer intercâmbio, conhecer uma nova cultura, principalmente os Estados Unidos. Eu me identifiquei muito com o programa Jovens Embaixadores, porque é voltado para empreendedores e pessoas dispostas a contribuir com a sociedade".
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