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Aratu On Explica 5 curiosidades das baleias jubartes; Salvador terá ponto de observação das gigantes dos mares

O que comem, como se reproduzem e por onde nadam? Aratu On revela as principais informações sobre as jubartes, baleias assíduas da costa baiana

Por Lucas Pereira

Aratu On Explica 5 curiosidades das baleias jubartes; Salvador terá ponto de observação das gigantes dos maresreprodução/Instituto Baleia Jubarte

Gigantes dos mares e apaixonadas pelo Oceano Atlântico, as baleias jubartes são assíduas frequentadoras da costa do Brasil e, especialmente, da Bahia nesta época do ano. Nesta semana, a prefeitura de Salvador, juntamente com o Instituto Baleia Jubarte, anunciou que vai investir no turismo observatório desses animais. No próximo dia 17, será montado um ponto fixo de observação dos cetáceos no Museu Náutico da Bahia, no Farol da Barra. As equipes do Projeto Baleia Jubarte permanecerão até o dia 15 de outubro no local, onde também farão oficinas, palestras e uma exposição fotográfica sobre os animais. Pensando nisso, Aratu On Explica desta semana traz cinco curiosidades sobre as jubartes.


https://twitter.com/aratuonline/status/1677056803840860161

1 - A Baleia Jubarte


É batizada cientificamente como Megaptera novaeangliae, que significa algo como "grandes asas da Nova Inglaterra", referenciando às suas grandes nadadeiras e à área que foi encontrada pela primeira vez, nos Estados Unidos. As jubartes podem atingir cerca de 16 metros de comprimento e pesar 40 toneladas, sendo facilmente identificadas pela coloração preta e marcas brancas nas nadadeiras e cauda.


Pertencente ao grupo de mamíferos marinhos, as baleias não conseguem respirar dentro d'água, uma vez que possuem (enormes) pulmões que precisam de ar. Dessa forma, através do orifício em suas cabeças, elas fazem a respiração, armazenam o oxigênio e retornam para a água. Elas podem ficar entre 20 e 30 minutos submersas.


Instagram/Instituto Baleia Jubarte


2 - População de baleias e Filhotes


Extremamente caçadas no Hemisfério sul até os anos 1960 pelo valor de sua carne, ossos e óleo, estima-se que mais de 300 mil animais foram mortos desde a década. No Brasil, a caça às jubartes data de 1600, sobretudo na Bahia e em Santa Catarina. A pesca e caça predatória foi proibida no Brasil em 1985, pelo então presidente José Sarney, época em que a população estimada era menor que mil baleias. Hoje em dia, pesquisadores estimam que as jubartes na costa brasileira são de quase 30 mil baleias.


Graças à preservação e proteção, a reprodução das baleias teve condições favoráveis para ocorrerem. Com uma gestação de 11 meses, cada fêmea gera um filhote, nascido com cerca de uma tonelada e por volta dos quatro metros de comprimentos. Apesar de não ter muitos registros sobre o processo de nascimento, os pesquisadores acreditam que o parto acontece durante a noite, semelhante ao que ocorre em outras espécies. A fêmea começa a ter contrações e o filhote começa a sair pela fenda genital. Com o tempo, o cordão umbilical se rompe e o bebê é expelido na água. Em seguida, por precisar respira, ele sobe em direção à superfície do oceano ajudado pela mamãe, que o empurra.


Reprodução/Instituto Baleia Jubarte


O bebê-baleia mama entre 80 e 100 litros de leite por dia, sendo amamentados por até 10 meses. A partir do primeiro ano, os pequenos tornam-se independentes das mães e vão desbravar os mares.


3 - Processo Migratório


Como animais migratórios, ou seja, que adoram percorrer grandes distâncias durante sua vida, as jubartes brasileiras fazem um trajeto de mais de 9 mil quilômetros, ida e volta, entre o período de alimentação e acasalamento, que acontece nos mares da Antártida, até a reprodução e amamentação, que acontece na costa do Brasil entre julho e novembro. Ao longo do percusso, os animais saem de algumas Ilhas do Oceano Antártico, em direção às águas mais quentes, subindo no mapa pela América do Sul, onde acasalam, finalizando o trajeto na costa brasileira.


Migracao baleia-jubarteReprodução/Instituto Baleia Jubarte


4 - “O que comem? Como se alimentam?”


Diferentemente das temidas orcas, as assassinas, as jubartes não possuem dentes. Ao invés disso, tem a boca preenchida com fileiras de cerdas filtrantes, como aquelas em escovas de dentes. Através desses "fios", as baleias conseguem reter seus alimentos, especialmente os krills, pequenos organismos marinhos, além de pequenos peixes.


E como elas conseguem pegar esses animais? Bom, as jubartes "botam para dentro" da boca uma grande quantidade de água e depois expele, tipo um processo de filtragem, onde a água sai, mas o que não for líquido fica retido nas cerdas.


Tom Foreman- Greenpeace


Mas como atrair o krill? Esses animais têm técnicas peculiares para caçar. Após avistar um cardume de alimentos, as baleias fazem movimentos circulares em torno desses grupos e expele bolhas de ar. Com a subida das bolhas, cria-se uma espécie de cordão em volta do cardume, quase como uma rede. Com o alimento devidamente cercado, as baleias iniciam ataque, abocanhando toda água e krill que conseguirem.


Reprodução/Instituto Baleia Jubarte


5 - Instituto Baleia Jubarte


Principal fonte para esta matéria, o Instituto Baleia Jubarte é uma organização sem fins lucrativos que existe desde 1996, para a pesquisa e proteção da vida marinha, e tem sede na cidade de Caravelas, aqui na Bahia. Para além das ações em prol às baleias, o Instituto participa ainda de programas de proteção e estudo de outras especies, como o boto-cinza e a toninha.


Com bases nas cidades de Praia do Forte, Itacaré e Caravelas, na Bahia, Vitória, no Espírito Santo, e Ilhabela, em São Paulo, o Instituto recebe visitantes ao longo do ano. Para saber mais sobre o projeto e como ajudar financeiramente, basta acessar o site do Instituto e/ou a página oficial no Instagram.


LEIA MAIS: Baleias são vistas na Baía de Todos os Santos; especialista fala sobre cuidados


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