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Executivo diz que trabalha para investir no Bahia e Bellintani se revolta; "me surpreendeu bastante"

O Esquadrão já teve uma operação como Sociedade Anônima (Bahia S/A), ainda em 1998. Aquela experiência, porém, não deu muito certo. Em crise, o clube acabou rebaixado à Série C e acumulou dividas.

Por Da Redação

Executivo diz que trabalha para investir no Bahia e Bellintani se revolta; "me surpreendeu bastante" Felipe Oliveira / EC Bahia

A notícia caiu como uma bomba para os torcedores do Bahia. Nesta última segunda-feira (21/12), surgiu a informação de que a XP Investimentos, empresa que foi a intermediária da negociação que resultou na venda do Cruzeiro ao ex-atacante Ronaldo, está trabalhando, também, em um projeto de clube-empresa dentro do Bahia.


Pelo menos foi o que garantiu o diretor de investimentos da companhia, Pedro Mesquita. 


Em entrevista ao jornalista Jorge Nicola, o diretor de investimentos revelou que, além de Cruzeiro e Botafogo, clubes cujas negociações já haviam sido noticiadas, a empresa vem dialogando com o Esquadrão. Nesse papel de intermediária, a empresa dá suporte à estruturação do modelo de venda e atua diretamente na busca de investidores.


“Efetivamente, a gente está trabalhando hoje com Cruzeiro, Botafogo e Bahia. O Bahia está na conta aí. É um grande clube do Nordeste Brasileiro, com uma torcida muito bacana”, afirmou Pedro. Ele também afirmou que procurou outros clubes, mas que não há nenhum trabalho da empresa envolvendo outras equipes.


Na entrevista, Pedro também afirmou que, prevendo um sucesso da fórmula, a tendência é que outros clubes também decidam entrar nesse novo modelo de gestão.


SURPRESA


Já o presidente Guilherme Bellintani afirma ter ficado ciente do discurso do diretor da XP, durante a reunião do Conselho Deliberativo - realizado na segunda-feira (20/12) à noite -. O mandatário tricolor prontamente criticou a fala de Pedro Mesquitra, porém, afirmou aos conselheiros que houve duas reuniões para tratar do tema.


“Me surpreendeu essa fala. Surpreendeu bastante. E infelizmente a gente é surpreendido mesmo com empresas do nível da XP, com esse tipo de fala. Não temos nada assinado com a XP, apenas um convite para duas reuniões que participamos, nada conclusivo, nada assinado, nada contactado, absolutamente nada", contou. 


"Estamos fazendo apenas o nosso papel como presidente, como clube, de ouvir e nós tivemos uma participação muito importante na aprovação da lei das SAF’s (Sociedade Anônima do Futebol). Participamos, eu como representante dos clubes, participei ativamente no Congresso Nacional, interferi, opinei e sugeri. Então, a gente conhece bastante o que vem por aí no futebol brasileiro com relação a investidores”, complementou o presidente. 


Bellintani emendou ainda, deixando as portas abertas para acompanhar as novidades envolvendo a lei das SAF’s.


“Estamos absolutamente antenados e refletindo sobre isso, apesar do que a gente acha que não é o momento de colocar esse tema em discussão, porque a gente acha que tem que amadurecer, tem que cuidar disso com o máximo de cautela possível. Mas, também compreendendo as circunstâncias que vão acontecer no futebol brasileiro imediatamente. Esse movimento do Cruzeiro, do América Mineiro, do Athletico Paranaense, do Bragantino que já se consolidou, dos diversos clubes pequenos e médios do futebol brasileiro passando a integrar a organização de uma S/A (Sociedade Anônima) e nós não podemos ficar de fora dessa discussão. Mas, não temos nada maduro o suficiente para compartilhar”, disse o presidente do Bahia.


SAF


Aprovada em 2021 pelo governo federal, a lei das SAF’s, conhecida como Sociedade Anônima do Futebol, possibilita que os times brasileiros possam transformar-se em uma empresa de Sociedade Anônima, facilitando novas captações de recursos.


Porém, os clubes deixariam de ter o modelo associativo, como é praticado no Bahia, onde o torcedor pode se associar e decidir os rumos da instituição. Ou seja, quem tomará as decisões será a empresa que for fazer esse aporte financeiro.


LEMBRANÇAS DESAGRADÁVEIS


Caso a negociação avance e o Tricolor formalize a venda de suas ações como clube-empresa, se instituindo como Sociedade Anônima do Futebol (SAF), essa será a segunda experiência desse tipo para o Tricolor.


Antes, o Esquadrão já teve uma operação como Sociedade Anônima (Bahia S/A), ainda em 1998. Aquela experiência, porém, não deu muito certo. Em crise, o clube acabou rebaixado à Série C e acumulou dividas. O clube readquiriu parte das ações junto à Ligafutebol, empresa do Grupo Opportunity, tendo 65% das 18 mil ações. A Bahia S/A não tem mais atividade operacional desde 2015. Mas o clube segue pagando débitos daquela época.


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