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Memória de Aço: com apoio dos sócios, Museu do Bahia é inaugurado na Fonte Nova; veja vídeo

O local - localizado no nível 7 do estádio, com vista para o Dique do Tororó - será aberto ao público na segunda-feira (13), a partir das 10h.

Por Da Redação

Memória de Aço: com apoio dos sócios, Museu do Bahia é inaugurado na Fonte Nova; veja vídeoRaphael Marques/TV Aratu

Com a presença da imprensa, dirigentes e 18 sócios sorteados, o Museu do Bahia foi inaugurado neste sábado (11/6), na Arena Fonte Nova, em Salvador. O local - localizado no nível 7 do estádio, com vista para o Dique do Tororó - será aberto ao público na segunda-feira (13), a partir das 10h.


Com curadoria de Daniel Rangel, mesmo curador do Museu de Arte Moderna (MAM), o Museu do Bahia tem como conceito evidenciar a ligação do clube com sua torcida e a cultura do estado. Além de objetos históricos, conta com obras de diversos artistas baianos, com uma linguagem atual e de interação com os visitantes.




Na cerimônia de inauguração, o presidente Guilherme Belintani aproveitou para fazer um convite à toda a torcida tricolor: "A partir de segunda-feira (13), o museu estará de portas abertas para conhecermos, cada vez mais, a nossa história", disse.




Os associados que conseguiram continuar em dia com o clube desde o início da pandemia terão entrada gratuita nos primeiros meses, conforme prometido na época do lançamento do pacote de benefícios, em junho de 2020. Mais detalhes serão informados nos próximos dias.


FINANCIAMENTO COLETIVO


A produção do espaço foi possível por meio de dois crowdfundings, financiando de maneira coletiva a restauração de parte dos troféus (arrecadação de R$ 47.506) e do início das obras (R$ 426.078,13). Com doações de valores que variaram entre R$ 20 e R$ 400, os torcedores tiveram recompensas como uma camisa especial de jogo com todos os nomes dos doadores da campanha, colocar seu nome num painel de estrelas e ainda ter sua própria foto numa instalação na primeira exposição de inauguração do local.


Foram recuperados, ao todo, mais de 30 troféus, entre réplicas e restaurações. Com investimentos próprios e algumas doações, além da ajuda de colecionadores. O clube também construiu um grande acervo fotográfico e de vídeos, incluindo todo material bruto do celebrado documentário ‘Bahêa Minha Vida’.


MEMÓRIA DE AÇO


O museu faz parte do projeto "Memória de Aço", iniciado em janeiro de 2018, fruto de um desejo de longa data de muitos torcedores e promessa de campanha do presidente Guilherme Bellintani. Segundo o clube, a construção e a preservação da memória do Bahia "não receberam o devido zelo ao longo da história azul, vermelha e branca".


"Faltava cuidado com importantes bens históricos, assim como jamais havia sido feito propriamente um acervo de objetos ou ainda um catálogo de informações sobre o Tricolor. Tudo o que havia sobre o Esquadrão em termos de memória era fruto do trabalho abnegado de torcedores, jornalistas, escritores e colecionadores externos ao clube", diz matéria publicada no site oficial do Bahia, no último dia 8 de junho.


Assim, o primeiro passo do Memória de Aço foi mapear objetos históricos dentro e fora do clube (camisas, troféus, medalhas, flâmulas, placas etc.), fontes de informação (livros, revistas, jornais etc.), contatos de ex-atletas e dirigentes ou de suas famílias.


O segundo passo foi mapear e documentar todos os jogos profissionais do clube desde sua fundação, em 1931. Não havia documentos internos do clube com esses confrontos. Então, por meio de pesquisas na Biblioteca Pública do Estado e no Instituto Geográfico da Bahia (mais de 300 visitas em dois anos), o Memória de Aço catalogou – com imagens de reportagens de jornais, revistas e livros – as mais de 5.300 partidas da história do Esquadrão, fomentando um banco de dados com as fichas desses confrontos.


A pesquisa descobriu 227 jogos que estavam ‘apagados’ da história do Bahia. Das partidas já existentes em outras listas, houve ainda 52 placares modificados, 152 datas corrigidas e 33 locais de jogo alterados.


Como resultado desse trabalho, promovido pelos jornalistas Luiz Teles e Luís Felipe Brito, hoje o Tricolor tem dados estatísticos de todos os atletas e técnicos que passaram pela instituição, por exemplo, e permite que o departamento de comunicação utilize com precisão informações históricas, sempre baseado em material documentado.


Assista, abaixo, à cerimônia de inauguração do museu:



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