Bolsonaro ironiza seguidor que perguntou sobre sigilos impostos por governo: 'Em 100 anos saberá'
Governo federal tem colocado sigilo de 100 anos em algumas questões de interesse público, como o acesso dos filhos de Bolsonaro ao Planalto ou o cartão de vacinação da família
O presidente Jair Bolsonaro (PL) respondeu a um internauta no Twitter sobre as ações do governo federal que impõem sigilos de 100 anos para o acesso às informações relacionadas ao atual mandatário e possível candidato à reeleição no pleito deste ano. Governo federal tem colocado esse tempo de sigilo em algumas questões de interesse público, como o acesso dos filhos o político as áreas restritas do Planalto ou o cartão de vacinação da família.
O internauta perguntou sobre os sigilos após o mandatário postar a resposta de "Graças a Deus" a uma thread no Twitter sobre a falta de avanço no tema de aborto no Brasil. "Presidente, o senhor pode me responder porque todos os assuntos espinhosos/polêmicos do seu mandato, você põe sigilo de 100 anos? Existe algo para esconder?", questionou
Bolsonaro, então, respondeu ironizando: "Em 100 anos saberá", disparou, junto com um emoji de "joinha".
Após a resposta de Bolsonaro, o internauta rebateu. "Presidente, me parece um tanto quanto comodo para o senhor e péssimo para toda a população, porque se a 'verdade é o que nos libertará' 100 anos não é muito tempo não?". Apesar do novo questionamento, Bolsonaro não respondeu a nova pergunta do internauta no Twitter.
SEGREDO
A resposta de Bolsonaro ao internauta ocorre no mesmo dia em que o Jornal O Globo informou que o governo federal negou acesso a dados sobre entradas e saídas dos pastores Gilmar dos Santos e Arilton Moura ao Palácio do Planalto, em Brasília, sede do Executivo federal. Os dois teriam recebido verbas no esquema descoberto no Ministro da Educação, mesmo sem nenhum cargo público. Apesar da Lei de Acesso à Informação (LAI), o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) disse que as informações têm caráter sigiloso e, se divulgadas, poderiam comprometer a segurança do presidente Jair Bolsonaro.
Além disso, o governo do presidente Jair Bolsonaro determinou o sigilo de 100 anos sobre informações dos crachás de acesso ao Palácio do Planalto emitidos em nome dos filhos Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em julho de 2021. Também foi imposto sigilo no cartão de vacina do presidente, que poderia atestar se ele se vacinou ou não contra a Covid-19.
Já em outubro de 2021, o Exército Brasileiro também alegou risco ao mandatário impôs sigilo aos documentos que basearam a permissão para a caçula do presidente, Laura, de 11 anos, ser matriculada excepcionalmente sem passar pelo processo seletivo do Colégio Militar de Brasília.
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