Criança é baleada no Subúrbio e moradores acusam a PM; é o segundo caso idêntico em menos de quatro meses
Segundo informações do comando da unidade, quando os militares se aproximaram para solicitar que diminuíssem o volume do equipamento sonoro, um indivíduo disparou contra a guarnição.
leitor / Aratu OnUma criança, de 4 anos, acabou baleada na perna após uma suposta troca de tiros entre um homem e a Polícia Militar, na madrugada desta quinta-feira (25/8), no bairro do Rio Sena, no Subúrbio de Salvador.
Pela versão oficial, durante rondas, por volta da 0h10, guarnições da 18ª Companhia Independente Polícia Militar (CIPM/Periperi) verificaram que estava ocorrendo uma festa com som alto em uma vila, na Rua Água Viva.
O comando da unidade detalhou que, quando os militares se aproximaram para solicitar que os participantes da festa diminuíssem o volume do equipamento sonoro, um rapaz disparou contra a guarnição.
Houve revide e, em seguida, os moradores não abriram um portão que dá acesso à vila, com várias residências, onde, de acordo com a PM, era necessário fazer a busca do suspeito, que não foi localizado.
A corporação ainda sustentou que uma mulher se apresentou com a informação de ferimento de raspão na perna de uma criança que estava no colo dela. Os policiais tentaram prestar socorro, porém a mulher não permitiu que o portão fosse aberto e a guarnição não conseguiu ter acesso. Ninguém foi preso.
A versão, porém, foi rebatida pelos moradores da vila. Um vídeo, gravado durante a confusão, mostra os policiais militares sendo hostilizados e denunciados por terem chegado atirando na região. "Essa desgra** só chega atirando. Solta a farda, seu p** no c**", grita um rapaz, que não se identifica.
A família da criança foi à Corregedoria da PM, no bairro da Pituba, para denunciar o caso.
RIO SENA EM GUERRA
O bairro do Rio Sena convive, há vários meses, com troca de tiros entre policiais militares e criminosos de pelo menos duas facções criminosas. Além disso, é a segunda vez em menos de quatro meses que um jovem é baleado em situação semelhante. No início de maio, um adolescente de 14 anos foi ferido pela PM.
A mãe do jovem disse que ele estava na rua, com um pedaço de bolo em mãos, quando foi baleado por policiais que já chegaram atirando. O menino foi socorrido para o Hospital do Subúrbio e liberado.
Oficial da 18ª Companhia Independente (CIPM/Periperi), o tenente Marcos Vinícius contou uma versão diferente para o caso. Segundo ele, a guarnição foi acionada para atender uma ocorrência de troca de tiros na localidade. Na região, os agentes foram recebidos a tiros e houve revide, que acabou atingindo o adolescente.
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