Grande Salvador tem queda da inflação pelo 2º mês consecutivo; leite e gás de cozinha vão na contramão
Apesar da deflação de -0,17%, leites e derivados (7,25%) mantiveram-se como principal influência no sentido de puxar o IPCA para cima e o gás de cozinha também seguiu aumentando (4,35%)
Foi divulgado nesta sexta-feira (9/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice que mede a inflação. No mês de agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em -0,17% na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Foi o menor índice para esse mês, na Grande Salvador, desde 2018, quando havia ficado em -0,27%. Também mostrou uma segunda deflação seguida (redução média dos preços), mas em ritmo bem menor do que o registrado na queda histórica de julho (-1,06%).
A deflação de agosto foi menos intensa do que a verificada no país como um todo (-0,36%) e só foi mais profunda do que a registrada na Região Metropolitana de São Paulo/SP (-0,01%). No mês, a Grande Vitória/ES (0,46%) e as regiões metropolitanas de Belém/PA (0,18%) e Rio de Janeiro/RJ (0,01%) voltaram a apresentar altas médias da inflação, após a queda generalizada ocorrida em julho.
A variação negativa do IPCA na RMS foi concentrada em recuos nos preços médios de três dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA.
Assim como havia ocorrido em julho, o resultado foi fortemente influenciado pela queda verificada no grupo transportes (-4,35%), por sua vez puxada pelos combustíveis (-11,71%), com força maior da gasolina (-12,20%) e do etanol (-11,40%), mas contribuição importante também do diesel (-6,61%). Além deles, as passagens aéreas (-17,88%) também mostraram forte deflação em agosto.
Os grupos comunicação (-1,67%) e artigos de residência (-0,14%) também tiveram quedas médias dos preços em agosto, puxados respectivamente pelos planos de telefonia móvel (-4,14%) e fixa (-9,44%) e pelos televisores (-2,82%).
Por outro lado, dentre os seis grupos de produtos e serviços que seguiram com os preços em alta, as principais pressões inflacionárias vieram de saúde e cuidados pessoais (1,70%) e alimentação e bebidas (0,90%). Ambos tiveram aceleração da inflação, ou seja, viram seus preços médios aumentarem mais em agosto do que em julho.
Entre as despesas com saúde e cuidados pessoais, a principal contribuição de alta veio do grupo de produtos de higiene pessoal (3,11%), com destaque para o perfume (5,51%). Os planos de saúde também seguiram como importante pressão inflacionária, na RMS, em agosto (1,07%).
Já entre os alimentos, os leites e derivados (7,25%) mantiveram-se como principal influência no sentido de puxar o IPCA para cima. O leite longa vida registrou a maior alta entre todos os produtos e serviços pesquisados para formar o índice de inflação (13,93%) e seguiu como a pressão de alta mais forte no custo de vida da RMS.
O gás de cozinha também seguiu aumentando (4,35%) e, pelo peso que tem nas despesas das famílias, exerceu a segunda maior pressão inflacionária individual em agosto.
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