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Lavagem do Bonfim com cara de Carnaval: Ilê Ayé puxa trio após dois anos sem o evento

Numa espécie de primeiro ensaio para o Carnaval, as ruas da Cidade Baixa receberam a efervescência da população sob o som de Ilê Aiyê, que arrastou a multidão até a Colina Sagrada

Por Lucas Pereira

Lavagem do Bonfim com cara de Carnaval: Ilê Ayé puxa trio após dois anos sem o eventoCarla Galrão/Aratu On

Vendo as fotos que ilustram essa matéria, pode-se pensar que é relacionada ao Carnaval graças a seus elementos: trio elétrico, isopor de bebidas e carrinho de salgados. O que é verdade, visto que a festa da Lavagem do Bonfim faz parte do hall de eventos que prepara Salvador para a folia momesca - algo intensificado após dois anos sem a folia ou o evento religioso.


Na Lavagem desta quinta-feira (12/1), a primeira após a pandemia, era nítida a alegria das pessoas em poder voltar às ruas da Cidade Baixa numa procissão rumo à Colina Sagrada. Tradicional na festa, o trio com o “Cortejo da Negritude” trouxe o Ilê Aiyê para a avenida. O "mais belo dos belos" reuniu uma multidão atrás do trio em uma espécie de “ensaio” para o Carnaval.


VÍDEO TRIO


Uma das pessoas mais animadas atrás do trio era Mirian. Em entrevista para o Aratu On, ela contou sobre a emoção de ter o Cortejo da Negritude novamente nas ruas e também a alegria de poder participar novamente da festa após o período de suspensão.


“Eu venho há muitos, muitos anos. Não sei te falar quanto tempo pois minha mãe quem me trazia. Eu venho desde o ínicio, com o cortejo do Ilê Aiyê, e sigo até a Colina Sagrada”, ela conta. Sobre a fé no Senhor do Bonfim, ela afirma: “já fiz meus três pedidos”.


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Mirian e seus amigos


NA HORA DA FOME


Como em toda festa popular em Salvador, a presença dos isopores de bebidas é presença certa ao longo dos trajetos. Na Lavagem, a famosa promoção de bebidas “três por R$ 10”. Além disso, para aguentar o trajeto de 7 quilômetros sob o sol do verão baiano, é preciso estar bem alimentado. Não atoa, o tabuleiro de acarajé tinha uma fila considerável para provar os quitutes que tinham sabores diferentes, como siri, bacalhau e até moqueca.


Para quem não pode ou não gosta dos acarajés e abarás, haviam outras opções, como um carrinho de salgados.



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