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Médica brasileira é acusada pela morte de modelo baiana em Buenos Aires

Emmily Rodrigues Santos Gomes caiu de um prédio de seis andares, na Argentina, em março de 2023

Fonte: Ananda Costa

Médica brasileira é acusada pela morte de modelo baiana em Buenos Aires Reprodução / Redes Sociais

Após mais de um ano, a Justiça da Argentina acusou, na segunda-feira (25), a médica brasileira Juliana Magalhães Mourão pela morte da modelo baiana  Emmily Rodrigues Santos Gomes, que caiu de um prédio de seis andares na Argentina em março de 2023. 


De acordo com informações da RFI, imprensa local, Juliana será interrogada no dia 4 de dezembro (quarta-feira) por abandonar a amiga no local do crime sem prestar socorro. 


“Durante todo o processo, a defesa evidenciou uma obsessão por manter Juliana como testemunha, porque era a única defesa de [Francisco] Sáenz Valiente [outro réu no caso]. Juliana tinha uma relação estável de amante do empresário. Era a única na qual ele confiava. O indiciamento rompe a estratégia da defesa e permite apontarmos para a nossa convicção de que a morte de Emmily foi um homicídio entre duas pessoas. Juliana não foi cúmplice, nem encobriu. Foi coautora”, afirmou Raquel Hermida, advogada do pai de Emmily, Aristides da Silva Gomes, à RFI.


Em junho do ano passado, a Justiça da Argentina determinou a prisão domiciliar do empresário suspeito de envolvimento na morte da baiana


Segundo as investigações, o suspeito, Francisco Saenz Valiente, não teve intenção de matar a jovem, mas proporcionou os elementos para que a vítima caísse. Ainda de acordo com a polícia, o empresário teria facilitado o acesso de Emmily às drogas e de fornecido um local para o consumo, o próprio apartamento.


Relembre o caso


A modelo baiana Emmily Rodrigues Santos Gomes morreu aos 26 anos após  cair de um prédio de seis andares na Argentina no dia 30 de março de 2023. O resultado de um laudo toxicológico comprovou que a jovem de 26 anos possuía diversas drogas em seu organismo.


Dentre as substâncias detectadas estão: álcool, maconha, cocaína e também outras drogas sintéticas. A família acredita que Emmily não consumiu as drogas por vontade própria, tendo sido drogada pelo principal suspeito, o empresário Francisco Sáenz Valiente.


O pai da vítima afirmou que diversas informações, divulgadas preliminarmente pela defesa do suspeito, e até pela própria equipe de perícia das autoridades, foram contrariadas por meio de novas análises dos fatos, feitas pela defesa. 


A primeira contradição, segundo a família, fala sobre a presença de drogas no apartamento de Francisco Saenz. Segundo os policiais, nenhum substância, ou mesmo vestígio foi encontrado na residência.


"Isso é mentira. Sabemos que havia dois pratos, um com cocaína e outro com tusi (cocaína rosa) que o Francisco Sans Valiente ofereceu às pessoas presentes", disse Aristides. Ele acredita que sua filha não sabia que o ambiente estaria "repleto de drogas".


Segundo Aristides, sua filha nunca fez uso de nenhuma droga ilícita e apenas teria consumido álcool após completar 18 anos. "Ela bebeu a primeira vez comigo. Acho, inclusive, muito estranho esse resultado do exame toxicológico dela, que indicou a presença de várias drogas misturadas. Cocaína, cocaína rosa (tusi), maconha, álcool", desconfiou.


LEIA MAIS: Caso Emmily Rodrigues: família acusa investigação de beneficiar empresário suspeito de matar baiana na Argentina


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