Menina autista é vítima de bullying em escola e vídeo viraliza
A Lei nº 13.185, em vigor desde 2016, classifica a prática de bullying como intimidação sistemática
Um vídeo que mostra um grupo de adolescentes atacando e praticando bullying contra uma colega de escola viralizou nas redes sociais nesta sexta-feira (31/3). Segundo o portal O Tempo, a cena aconteceu no Colégio Estadual Flávio Ribeiro de Rezende, no município de Natividade, no Rio de Janeiro. A vítima seria autista.
Nas imagens, é possível ver uma das agressoras atormentando e tentando puxar os cabelos da vítima enquanto outras colegas riem e filmam a cena. A menina, identificada como Vitória, começa a chorar e, então, as chacotas aumentam. "Vai chorar? Chora!", disse uma das jovens. O Aratu On não vai divulgar o vídeo para preservar a imagem da vítima.
O caso se tornou um dos assuntos mais comentados na internet nesta sexta-feira e a hashtag #JustiçaPorVitoria foi parar no Trending Topics do Twitter. Um perfil em apoio a Vitória também foi criado no Instagram e, em poucas horas, alcançou mais de 50 mil seguidores.
Na manhã de hoje, centenas de adolescentes e adultos protestaram nas ruas de Natividade e exibiram cartazes contra a prática de bullying. Nas fotos, publicadas no perfil @estamoscomvitoria, é possível ver que a população pede um posicionamento da escola.
BULLYING
A Lei nº 13.185, em vigor desde 2016, classifica a prática de bullying como intimidação sistemática, "quando há violência física ou psicológica em atos de humilhação ou discriminação". A classificação também inclui ataques físicos, insultos, ameaças, comentários e apelidos pejorativos.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados em 2022, 40% dos estudantes brasileiros já sofreram bullying e 24% passaram a acreditar que a vida não valia mais a pena depois de passar pela experiência.
De acordo com uma publicação do Ministério da Educação (MEC), o bullying se diferencia das brigas comuns, que chegam as vias de fato ou que ficam apenas na discussão. Isso é porque, para levar essa classificação, a ação precisa ser uma perseguição repetitiva e rotineira.
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