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Mulher é obrigada a tirar a roupa para provar que não furtou em farmácia no bairro da Liberdade, em Salvador

Caso de racismo dentro de farmácia no bairro da Liberdade, em Salvador

Por André Oliveira

Mulher é obrigada a tirar a roupa para provar que não furtou em farmácia no bairro da Liberdade, em Salvador  TV Aratu

Uma mulher, identificada como Daniela Barbosa, foi acusada de ter roubado itens de uma farmácia no bairro da Liberdade, em Salvador. A acusação teria sido feita pela gerente do estabelecimento, que a abordou ainda no comércio e obrigou a tirar a roupa. Ao perceber o que estava acontecendo, a vítima resolveu filmar. 


No aúdio da gravação feita pela vítima é possível ouvir a fala da funcionária da loja: "O produto poderia estar na sua mão. Nesse meio caminho que eu fiz, eu não consegui ver. No caminho que fiz de lá para cá, a senhora poderia ter colocado o produto em algum outro lugar e eu não vi", acusa. 


Em entrevista à reportagem da TV Aratu, Daniela detalhou que foi solicitada a tirar a roupa e esvaziar a bolsa para verificar se ela estava com algum pertence da loja. Ainda segundo ela, após toda a ação e confirmação de que não havia nenhum item em seus pertences, a funcionária pediu desculpa pelo ocorrido.


A reportagem tentou contato com o estabelecimento acusado, mas não obteve retorno. 


VEJA O VÍDEO:



Após a ocorrência, a funcionária foi conduzida até a Central de Flagrantes para identificar se tratava de um crime de racismo ou injúria racial e uma ivestigação foi iniciada.


Em Salvador e para toda a Bahia, casos de Racismo são acompanhados por uma nova coordenadoria. A Coordenação Especializada de Repressão aos Crimes de Intolerância e Descriminação (COERCID), que fica na Rua do Tesouro, Centro histórico. Em entrevista exclusiva para a TV Aratu, a delegada da unidade, Ana Cristina de Carvalho, reforçou que a Coordenação trabalha em articulação com as demais unidades das Polícias Civil e Militar que já faziam acompanhamento dessas ocorrências antes mesmo da inauguração da COERCID, que atua desde o mês de março desse ano. 



A delegada reforçou também, a importância da denúncia de ocorrência e até mesmo do registro de imagens ou aúdios, como foi feito pela vítima na ocasião, que possibilite facilitar a investigação. A Coordenação Especializada de Repressão aos Crimes de Intolerância e Descriminação (COERCID) atua contra crimes de racismos, intolerância religiosa e discriminação LGBTQIA+. O telefone da unidade dedicada para denuncias é o (71)99637-8289 







*Sob supervisão de Jean Mendes



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