Mulher leva cadáver de idoso para tentar fazer empréstimo em banco no Rio de Janeiro; vídeo
Situação aconteceu na tarde desta terça-feira (16) e mulher foi conduzida à delegacia
Uma mulher foi conduzida para a delegacia, nesta terça-feira (16/4), por levar o tio, um idoso de 68 anos, para tentar fazer um empréstimo de R$ 17 mil em uma agência bancária em Bangu, no Rio de Janeiro. A situação poderia ser comum se não fosse um detalhe: o homem estava morto.
Em vídeo que já viralizou nas redes sociais, Érika de Souza Vieira Nunes aparece na agência com o tio, identificado como Paulo Roberto Braga, já morto, em uma cadeira de rodas, e "conversa" com ele, pedindo para ele assinar um documento. "Tio, tá ouvindo? O senhor precisa assinar. Se o senhor não assinar, não tem como. Não posso assinar pelo senho", diz a mulher.
Ela, então, mostra o documento e continua: "o senhor segura a cadeira forte pra caramba. Ele não segurou a porta ali agora", pergunta às funcionárias, que alegam não ter visto. "Assina pra não me dar mais dor de cabeça. Eu não aguento mais", completa.
https://twitter.com/luscas/status/1780368373051748539
As atendentes, então, comentam sobre a palidez do idoso. "Ele não está bem, não. A corzinha não tá ficando...", diz uma, ao que Érika responde: "Ele não diz nada, é assim mesmo. Tio, você quer ir para a UPA de novo?". Obviamente, não há resposta.
Desconfiados, funcionários do banco acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou que o idoso já estava morto há algumas horas. Também acionada, a polícia conduziu Érika à delegacia, onde prestou depoimento.
Conforme publicação do G1, o delegado responsável, Fábio Luiz, informou que o idoso já estava morto quando a sobrinha o levou ao banco. Em depoimento, Érika disse que sua rotina era cuidar do tio.
Ainda de acordo com o delegado, a polícia vai apurar se eles realmente são parentes e se Érika cometeu furto mediante fraude ou estelionato. Também será apurado se outras pessoas a ajudaram. Imagens de câmeras de segurança serão analisadas.
"O principal é: a gente continuar a investigação, pra gente identificar demais familiares, e saber se quando esse empréstimo foi realizado se ele estava vivo, qual é a data desse empréstimo", explicou o delegado ao G1.
O corpo de Paulo Roberto Braga foi levado para o Instituto Médico Legal (IML).
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