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Nova denúncia apura se Maria Selma deixou estranho participar de operação na Pituba enquanto chefiava DT

Assim como a delegada, Cláudio é investigado por usurpação de função pública pelo Ministério Público da Bahia na Operação Dublê.

Por Jean Mendes

Nova denúncia apura se Maria Selma deixou estranho participar de operação na Pituba enquanto chefiava DTdivulgação/SSP

Aumentou o número de investigações que recaem sobre a delegada Maria Selma Pereira Lima, afastada desde 2020 por uma série de supostas irregularidades praticadas na função. Desta vez, a Polícia Civil apura se ela teria permitido que uma pessoa, não pertencente à corporação, participasse de diligências ocorridas em casa de jogos caça-níquel. 


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A decisão foi publicada no Diário Oficial da Bahia nesta terça-feira (21/9) e assinada pela delegada-geral, Heloísa Brito. De acordo com a nova denúncia, o falso policial seria Claudio Marco Veloso Silva, citado no texto pelas iniciais C.M.V.S. Caso isso seja comprovado, ela responderá por infrações disciplinares, podendo ser demitida. 


O rapaz, segundo a publicação, portava arma longa no dia da operação, tipo submetralhadora SMT.40, de uso restrito. A ação aconteceu no ano de 2018, quando Selma chefiava a 16ª Delegacia Territorial (DT/Pituba). 


Por conta da situação, Cláudio é investigado por usurpação de função pública pelo Ministério Público da Bahia na Operação Dublê. No âmbito da ação, Maria Selma Pereira Lima foi denunciada à Justiça por falsificação de documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso, denunciação caluniosa e fraude processual. 


Apontado como namorado dela, Pedro Ivan Matos Damasceno é investigado pela prática dos crimes de furto qualificado, falsificação de documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, corrupção ativa, denunciação caluniosa e posse ilegal de arma de fogo.


Além dos três, surge ainda na apuração do MP o nome de Carlos Antônio Franco. Ele, por sua vez, poderá responder pelos crimes de furto qualificado e denunciação caluniosa. 


CASO


Maria Selma está afastada das funções desde quando o caso veio à tona, em setembro de 2020. Além da Justiça comum, ela também é alvo da Corregedoria da Polícia Civil. Apurações confirmaram os indícios de favorecimento ilegal e fraudes a favor da quadrilha de Pedro Ivan. 


Segundo uma destas apurações, que está no Diário Oficial, Selma alterou, de forma fraudulenta, fatos noticiados por policiais militares na 16ª Delegacia Territorial (DT/Pituba) para beneficiar Pedro e o outro rapaz, suspeitos de tentar furtar um veículo, modelo Uno. Além disso, eles estavam em posse de um carro clonado, uma Strada. 


Para não serem conduzidos à 16ª DT, os dois ofereceram R$ 1.600 aos policiais, mas os agentes não aceitaram o suborno. O inquérito descobriu que a então titular da 16ª DT acusou os policiais militares de extorsão, sem comprovação alguma, além de tentar liberar da delegacia a Strada clonada, com documentos falsos da proprietária, que jamais compareceu à 16ª DT e não teve seu carro roubado.


Ainda de acordo com o Diário Oficial da Bahia, a "servidora instaurou, de forma fraudulenta, o inquérito policial nº 256-A, mas não concluiu, tampouco remeteu ao Ministério Público e a suposta extorsão não foi comunicada à Corregedoria da PM", como é de praxe nestes tipos de casos em todas as delegacias do país. 


Os fatos ocorreram em 2016, mas só chegaram ao conhecimento da Corregedoria em junho de 2020 após um relatório produzido pela também delegada Carla Ramos ser remetido ao Ministério Público baiano. 


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