Emicida lembra 'chacina do Cabula' e comenta situação no RS: 'sempre é tempo de encontrar os culpados'
Rapper se apresentou em Salvador na noite desse sábado (11/5)
Em show na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador, na noite desse sábado (11/5), o rapper Emicida manifestou solidariedade às pessoas no Rio Grande do Sul, mas lembrou de outras situações semelhantes e recentes, no Brasil, e emendou:
"Quem mantou o Rio Doce? A Samarco. Quem afundou as casas em Maceió? A Braskem. Sempre é tempo de encontrar os culpados, se não quiser repetir essas merd*s todo ano".
Essa não foi a única fala com viés crítico durante a apresentação da turnê "AmarElo - A Gira Final". Na música "Chapa", que retrata um desaparecimento de uma pessoa e a reação de familiares e amigos, o rapper falou de um caso de grande repercussão ocorrido em 2015, na capital baiana. Referindo-se à ação da Polícia Militar que deixou 12 mortos no bairro do Cabula, disse: "Que a gente nunca se esqueça da chacina do Cabula".
À época, nove policiais militares, em três viaturas, atiraram em 18 jovens com idades entre 15 e 28 anos, dos quais 12 morreram. Dos nove policiais envolvidos na ação do Cabula, oito continuam trabalhando nas ruas e um está na reserva militar.
Em 2019, a Procuradoria-Geral da República (PGR) recorreu da decisão do Superior Tribunal de Justiaça (STJ) que negou levar o caso à esfera federal.
O caso segue sem julgamento.
LEIA MAIS: 'Chacina do Cabula' completa cinco anos sem respostas: quem são os responsáveis pelos 143 tiros?
O SHOW
Ainda no show, Emicida dedicou a música "São Pixinguinha" ao maestro baiano Leitieres Leite, fundador da Orkestra Rumpilezz, de percussão e sopros. No palco, ele convidou a rapper paulista Drik Barbosa e os artistas baianos Larissa Luz e Russo Passapusso para participações especiais.
Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Siga a gente no Insta, Facebook e Twitter. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).