Simples coleta de DNA pode localizar pessoa desaparecida em todo o Brasil e campanha faz alerta
O objetivo é abastecer o Banco Nacional de Perfis Genéticos e, por meio de exames biológicos, auxiliar na eventual identificação de desaparecidos.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou, nesta terça-feira (25/5), uma campanha para coletar, voluntariamente, material genético de parentes de pessoas desaparecidas em todo o país.
O objetivo é abastecer o Banco Nacional de Perfis Genéticos e, por meio de exames biológicos, auxiliar na eventual identificação de desaparecidos. Segundo o ministério, cerca de 80 mil pessoas desaparecem no Brasil todos os anos.
O anúncio de lançamento da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas acontece no dia em que se celebra o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas, mas as ações propriamente ditas ocorrerão entre 14 e 18 de junho, em todo o território brasileiro.
Parentes de pessoas desaparecidas, preferencialmente de primeiro grau (pai e mãe, filhos, irmãos) ou pessoas com quem a desaparecida tenha tido filhos, serão incentivadas a fornecerem mostras do próprio material genético, que é obtido de forma indolor.
Familiares e pessoas próximas também podem entregar itens pessoais pertencentes à pessoa desaparecida, tais como escova de dentes ou cabelo; óculos, aparelho ortodôntico; dente de leite; aparelho de barbear; aliança e outros objetos nos quais os técnicos possam encontrar material genético.
Criado em 2013, com o objetivo principal de auxiliar investigações criminais por meio da perícia de material genético, o Banco Nacional de Perfis Genéticos conta com menos de 3 mil amostras cadastradas de material genético de parentes de pessoas desaparecidas. De acordo com o ministério, o uso da tecnologia de ponta pode ajudar na localização por meio da identificação de vínculo genético de pessoas encontradas com as cadastradas no banco.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) da Bahia já anunciou que vai participar. “A grande vantagem do Banco de Perfis é justamente localizar as famílias dos corpos que nós não temos nenhum indício de identificação”, pontuou Tânia Gesteira, perita criminal de Genética Forense e uma das representantes do DPT no Comitê Gestor do Projeto.
“O DPT fica muito feliz em participar deste Projeto e devolver a essas famílias um pouco de paz com a certeza do que aconteceu com seus entes”, afirmou o diretor da Polícia Técnica, Edson Reis.
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