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Sindicato confirma 'trégua' com Agerba e aguarda desfecho positivo sobre transporte metropolitano

Reunião entre empresas e Agerba acontece na quinta-feira (18/4), mediada pelo Ministério Público do Trabalho

Por Lucas Pereira

Sindicato confirma 'trégua' com Agerba e aguarda desfecho positivo sobre transporte metropolitanoÔnibus Brasil/Felipe Pessoa

Em estado de greve declarado desde o dia 5 de abril, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários da Região Metropolitana de Salvador, Alagoinhas e Paulo Afonso, (Sindmetro-BA) confirmou uma “trégua” momentânea nas ações de protesto pelo fechamento de empresas e consequente demissões de trabalhadores.


Segundo confirmou o presidente da entidade, Mário Cléber de Souza, ao Aratu On, essa pausa nas manifestações e paralisações ocorre após um pedido do governo estadual, em uma tentativa de resolver a situação.


“O governo solicitou uma trégua, via prefeita Moema Gramacho, para tentar solucionar [o problema]. Na manhã da próxima quinta-feira haverá uma mediação, às 9h, no Ministério Público do Trabalho (MPT), junto com a direção das empresas Costa Verde e Avanço Transportes”, informou o dirigente sindical.


O Sindmetro informou ainda que tenta uma audiência com o Ministério Pública da Bahia, mas que não obteve sucesso até então. Sobre a rodada de negociações entre a Agerba e as empresas de ônibus, Mário Cléber acredita que o governo pode se “sensibilizar” e evitar as demissões, mas que a situação da empresa Costa Verde, que anunciou encerramento das operações para o dia 2 de maio, não deve ser revertida.


“Acreditamos que o Governo do Estado se sensibilize e convoque as empresas que restaram, no caso a Atlântico Transportes, a Expresso Vitória e a ATP Transportes, para assumirem as linhas, sem cortá-las. Pois, com essa decisão, recuperamos os empregos e um milhão e meio de passageiros (mês) poderão continuar se deslocando nas linhas diretas via Orla, onde não tem metrô”, pontuou.


RELEMBRE


Mudanças de linhas


O conflito entre o Sindmetro e a Agerba começou após o órgão anunciar a mudança de itinerários e linhas de ônibus no dia 28 de março. As alterações foram as seguintes:


- A linha 860I.URB – Portão – Terminal Pituaçu via Av. Pinto de Aguiar passou a operar até o bairro de Piatã, voltando para Portão no retorno após a saída da Avenida Orlando Gomes.


- Já a linha 884.URB – Vila de Abrantes – Lapa via Itapuã passou a ser Vila de Abrantes – Itapuã via Terminal Aeroporto.


Na ocasião, o sindicato alegou que não foi informado das mudanças por parte da Agerba, descobrindo por meio da imprensa e pelas empresas de ônibus.


LEIA MAIS: Duas linhas de ônibus metropolitanos sofrem mudanças no itinerário; confira


Anúncio de greve e Costa Verde


No dia 31 de março, o Sindimetro convocou uma assembleia para o dia 5 de abril, por causa das decisões da Agerba. Na mesma semana, a empresa Costa Verde anunciou o encerramento das atividades para o dia 2 de maio. Na nota divulgada pelo Sindmetro, “TODOS os rodoviários” seriam demitidos com a decisão.


No dia 5 foi realizada a assembleia e decretado o “estado de greve” por parte dos trabalhadores, que realizaram uma caminhada no dia seguinte (6), da sede do sindicato, em Lauro de Freitas, até a Estação Aeroporto.


Avanço entrega linhas


Outra empresa do sistema metropolitano, a Avanço Transportes, anunciou que deixaria de operar em alguns trajetos por “não mais ter condições de operacionalizar as linhas, por ser deficitária, a quantidade enorme de clandestinos, pedágio caro, peças para manutenção muito caras e a falta de licitação”.


As linhas das quais a empresa pretende abdicar são:


A800 – Camaçari X Águas Claras Via BA 093
A0812 – Camaçari x Simões Filho
A0813 – Candeias x Simões Filho
A814 – Camaçari x Águas Claras Via Parafuso
A0834 – Madre de Deus/Candeias x Lauro de Freitas
A0835 – Passé x Calçada
A0903A – Candeias x Outlet Premium via Simões Filho
874A – Simões Filho x Lauro de Freitas
811.URB – Candias x São Francisco do Conde


Programada para ocorrer a partir do dia 14 de abril, a entrega das linhas foi suspensa no dia 9, após reunião entre representantes de empresa e da Agerba, numa tentativa de fazer com que “a população não sofrerá descontinuidade do transporte metropolitano”.


Segundo o presidente do Sindmetro, em entrevista ao Aratu On no dia 10, mais de 1.520 profissionais seriam atingidos, direta e indiretamente, com a descontinuidade das atividades das empresas de ônibus. Uma nova manifestação ocorreu no dia 12 de abril, com os rodoviários saindo de um supermercado na Estrada do Coco rumo à Estação Aeroporto. Havia possibilidade de se fazer uma nova assembleia que decretaria greve da categoria, que foi descartada por hora.


LEIA MAIS: Após ameaça de greve dos metroviários, presidente de sindicato sugere ‘grande licitação’ do transporte


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