Vendas do varejo baiano em abril tiveram as maiores altas em 21 anos, mas comércio de supermercados teve resultado negativo
As vendas do varejo na Bahia em abril tiveram crescimento de 10,4% em relação ao mês anterior, conforme informações divulgadas nesta terça-feira (8/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As vendas do varejo na Bahia em abril tiveram crescimento de 10,4% em relação ao mês anterior, conforme informações divulgadas nesta terça-feira (8/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme o órgão, foi o melhor desempenho para um mês de abril em 21 anos, desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE, em 200.
O avanço ocorreu após uma queda de -8,6%, na passagem de fevereiro para março. O resultado do comércio varejista baiano entre março e abril (10,4%) foi o quarto melhor do país e ficou bem acima do desempenho nacional, de 1,8%. O aumento acompanhou o movimento de alta verificado em 22 das 27 unidades da Federação.
Com o desempenho de março para abril, o volume de vendas na Bahia voltou a ficar levemente acima do patamar pré-pandemia, 0,6% acima do verificado em fevereiro de 2020. Em comparação com abril de 2020, houve avanço de 36,6%. Foi o maior crescimento, nessa comparação, em toda a série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio, iniciada em 2001 para esse indicador interanual. No entanto, o avanço recorde ocorreu também após a queda histórica verificada em abril do ano ano passado (-26,5% frente a abril de 2019, a maior desde o início da pesquisa).
Frente a abril do ano passado, todas as 27 unidades da Federação tiveram aumentos nas vendas. Os melhores resultados foram registrados no Amapá (86,0%), em Rondônia (75,0%) e no Amazonas (53,4%). Tocantins (0,7%), Mato Grosso (12,0%) e Santa Catarina (15,3%) tiveram os menores avanços. A Bahia teve a oitava maior taxa de crescimento.
Com esse desempenho do mês de abril, o varejo baiano passou a apresentar alta das vendas no acumulado do ano (5%), frente ao mesmo período do ano anterior, o que não ocorria desde fevereiro do ano passado, antes da pandemia. Já no acumulado nos 12 meses encerrados em abril (frente aos 12 meses anteriores), o comércio varejista da Bahia ainda mantém uma variação negativa de vendas (-0,3%).
O Brasil como um todo mostra avanço de 3,6% nas vendas do varejo, nos 12 meses encerrados em abril. Pará (14,1%), Piauí (13,9%) e Maranhão (12,3%) lideram entre os resultados positivos, nessa comparação. Distrito Federal (-5,4%), Tocantins (-3,7%) e Ceará (-1,3%) estão no outro extremo.
ATIVIDADES
No mês de abril, 7 das 8 atividades do varejo restrito na Bahia (que exclui as vendas de automóveis e material de construção) tiveram aumentos nas vendas, frente ao mesmo mês de 2020. Conforme o IBGE, A taxa mais positiva veio do segmento de tecidos, vestuário e calçados (201,2%), que mostrou o maior avanço em 20 anos, desde 2001, quando se iniciou a série do indicador interanual da PMC. Isso depois de ter recuado -74,5% em abril/20 frente a abril/19.
O IBGE ressalta, no entanto, que a atividade ainda é uma das mais impactadas pela pandemia, acumulando quedas de -7,1% no ano de 2021 e de -24,4% nos 12 meses encerrados em abril (neste último caso, o segundo pior resultado dentre os segmentos).
Vendas de móveis e eletrodomésticos tiveram a quarta maior alta com 138,0% de aumento, e tiveram também a segunda principal contribuição para o bom resultado geral do varejo baiano em abril. A atividade apresentou seu quarto resultado positivo consecutivo.
Em seguida veio o segmento de outros artigos de uso pessoal (191,2%), que teve o segundo maior crescimento dentre as atividades e também o segundo avanço seguido das vendas, na comparação com o mesmo mês de 2020. Esse grupo concentra as vendas dos grandes varejistas on-line.
O único resultado negativo do varejo baiano em abril de 2021, em comparação com abril de 2020, foi dos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com recuo de -8,9%. Segmento de maior peso na estrutura do comércio na Bahia, ele mostrou o sexto resultado negativo consecutivo (recua desde novembro de 2020) e já acumula perda de -9,2% no ano (segundo pior resultado nesse confronto, entre as atividades).
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