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'Xapa Xana': traficantes que vendiam derivados de maconha são alvo de operação

Os investigados cultivavam maconha, e produziam diversos derivados da planta, em um laboratório localizado em Pirenópolis, como óleos, doces e outros

Por Lucas Pereira

'Xapa Xana': traficantes que vendiam derivados de maconha são alvo de operaçãoIlustrativa/Pexels
Duas pessoas, apontadas como membros de uma organização criminosa que vendia produtos derivados de cannabis (maconha), nas redes sociais, foram presas durante a Operação Aruanda, da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Um dos itens comercializados era um lubrificante sexual à base de maconha, conhecidos como “xapa xana”.
Além de cumprir os mandados de prisão, foram efetuados, nesta terça-feira (24/9), quatro mandados de busca e apreensão em Anápolis (GO), Pirenópolis (GO) e no Distrito Federal. Os investigados cultivavam maconha e produziam diversos derivados da planta em um laboratório localizado em Pirenópolis. Além disso, fabricavam e vendiam produtos comestíveis à base de cogumelos alucinógenos (psilocibina) e cannabis.
Eles anunciavam essas mercadorias, sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por meio de plataformas digitais e remetiam as drogas para todo o País, sendo o Distrito Federal um dos principais destinos.
O grupo, além de prescrever os produtos de maneira ilegal, realizava anamnese e indicava posologia, praticando curandeirismo e exercendo ilegalmente a medicina, colocando milhares de pessoas em risco de vida. A rede criminosa também chegou a prescrever essas substâncias para animais de estimação, enviando drogas para uma médica veterinária do DF.
Alimentos como chocolates e brownies contendo drogas estavam entre os produtos vendidos, o que representava uma ameaça ainda maior ao atingir crianças, adolescentes e pessoas vulneráveis. Conforme a Anvisa, o uso dessas substâncias pode representar risco de morte e sérios danos à saúde.
Os envolvidos responderão por crimes como exercício ilegal da medicina, curandeirismo, charlatanismo, tráfico de drogas interestadual, associação para o tráfico e disseminação de espécies que possam causar danos ao meio ambiente, podendo pegar até 39 anos de reclusão. A ação contou com o apoio da Polícia Civil de Goiás (PCGO) e dos Correios.
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