Interior

Pizzaria é fechada pela vigilância sanitária e imagens impressionam clientes

Imagens, divulgadas nas redes sociais, mostram o estado de algumas partes da pizzaria Torre de Pizza.

Por Mateus Xavier

Pizzaria é fechada pela vigilância sanitária e imagens impressionam clientesLeitor/Aratu On

A pizzaria Torre de Pizza, localidade na estrada do coco, BA-099, no município de Lauro de Freitas, foi fechada pela vigilância sanitária na manhã dessa terça-feira (13/3), devido ao descumprimento de medidas sanitárias solicitadas pelo agente de saúde.


A informação foi percebida por moradores e clientes, após um “selo de interdição” ser colocado na porta do estabelecimento. De acordo com o documento, a abordagem aconteceu por volta das 11h. Imagens, divulgadas nas redes sociais mostram o estado de algumas partes do restaurante, que já tinha décadas de funcionamento na região metropolitana de Salvador.



IMAGENS DO ARMAZENAMENTO DOS ALIMENTOS IMPRESSIONAM


Nos registros, o freezer onde ficam armazenados os condimentos para produção das pizzas pode ser visto parcialmente descongelado. Tal flagrante pode indicar um possível desligamento constante do aparelho, visando à economia com o gasto de energia. Porém, a prática pode levar ao vencimento de certos alimentos. Em outras imagens, partes da cozinha e máquinas do restaurante aparecem enferrujadas ou sujas.


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REFRIGERAÇÃO DE PRODUTOS


Segundo a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é extremamente necessário manter um controle rigoroso da temperatura dos alimentos, evitando assim riscos à saúde dos clientes. Com isso, o estabelecimento estará garantindo que seus consumidores não se contaminarão com as Doenças Transmissíveis por Alimento (DTAs), a exemplo de salmonelose, toxoplasmose e até hepatite viral tipo A.


Em caso de contaminação por DTA, alguns dos sintomas comuns são: náuseas, vômitos e/ou diarreia, que podem, ou não, vir acompanhados de febre. Essas situações podem afetar diretamente os principais órgãos do corpo, incluindo rins, fígado, sistema nervoso central, terminações nervosas periféricas e outros, a depender do agente envolvido.


Todo cuidado é pouco, pois em um freezer de temperatura úmida (-5º até 60º) o alimento está em uma zona de risco para a proliferação de contaminantes. Em um local nestas condições, uma simples bactéria pode se multiplicar em até 130.000 em apenas seis horas. Segundo a Anvisa, os alimentos como carnes, queijos, salames e similares devem estar mantidos abaixo de -18 ºC, a depender do prazo de uso do produto.


 

PIZZARIA FUNCIONAVA SEM ALVARÁS


A pizzaria “Torre de Pizza”, localizada em Lauro de Freitas, funcionava sem os alvarás de funcionamento e sanitário. O estabelecimento recebeu a visita novamente da vigilância sanitária na tarde desta sexta-feira (17/3) e poderá reabrir nas próximas semanas.


Em entrevista ao Aratu On, a vigilância do município informou que as mudanças sugeridas ao estabelecimento foram de cunho “higiênico sanitárias” e envolviam: reformas na cozinha, resolução de armazenamentos equivocados e equipamentos em desuso.


Conforme a autarquia, o estabelecimento pode reabrir nas próximas semanas.



“Tudo depende do calendário para limpar o local, após ter passado por todas as reformas solicitadas”, afirmou.



Porém, o ponto comercial não está totalmente livre de visitas. Nos próximos 30 dias, a vigilância continuará presente periodicamente, visando garantir que o ponto comercial esteja nos moldes adequados da legislação.



O QUE FAZER EM CASO DE INTOXICAÇÃO


Em caso de danos à saúde, ao ingerir um alimento contaminado, que esteja fora da validade, ou a um armazenamento indevido do estabelecimento comercial, uma ação judicial pode ser movida pela pessoa lesada.  Com isso, a vítima poderá pedir reparação de todos os prejuízos, sejam eles materiais, como consultas e medicamentos, ou até danos morais.


Em casos mais leves, se o consumidor suspeitar de algum dano à integridade do produto, ele tem o direito garantido pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC) de pedir o ressarcimento financeiro do valor gasto no produto em questão em um prazo de até 30 dias.


Somado a isso, se o cliente julgar que essa é uma prática comum do estabelecimento e que outras pessoas correm riscos, deve ser feita uma denúncia à Vigilância Sanitária local, ao Procon regional e ao Ministério Público do Consumidor.


 

ONDE DENUNCIAR PARA A VIGILÂNCIA SANITÁRIA


Para prestar queixa de ato sanitário irregular é preciso recorrer ao telefone 0800 284 0011, que pertence à Ouvidoria Geral do Governo do Estado da Bahia. Ao discar e iniciar a chamada, a opção de número 1 (um) deve ser pressionada.


Com isso, ocorrerá o direcionamento para a parte de responsabilidade da Secretária de Saúde do Estado (Sesab).



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