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Protestos no Cazaquistão deixam mais de 160 mortos e 8 mil detidos

Protestos no país já duram uma semana.

Por Da Redação

Protestos no Cazaquistão deixam mais de 160 mortos e 8 mil detidosFontes Públicas

Quase 8 mil pessoas foram detidas após uma semana de tumultos no Cazaquistão, anunciou nesta segunda-feira (10/1) o governo. "Desde 10 de janeiro, 7.989 pessoas foram detidas", informou o Ministério do Interior em comunicado divulgado no site.


Pelo menos 164 pessoas morreram em protestos no país, segundo dados não governamentais, enquanto o governo aponta cerca de duas dezenas de mortos.


Os protestos transformaram-se em violência na semana passada e levaram a uma aliança militar liderada pela Rússia, responsável por enviar tropas ao país. As autoridades disseram ter recuperado o controle dos edifícios administrativos ocupados pelos manifestantes, que apelidam de "terroristas" com apoio estrangeiro, embora os protestos não tenham mostrado líderes ou organizações óbvias.


O ex-chefe da agência antiterrorismo do Cazaquistão, Karim Masimov, foi detido por suspeita de tentar derrubar o governo, poucos dias depois de ter sido demitido do cargo de chefe do Comitê de Segurança Nacional.


Rico em hidrocarbonetos, o Cazaquistão foi abalado por onda de protestos sem precedentes desde a sua independência, em 1989, que resultaram na morte de dezenas de pessoas.


Os protestos começaram no domingo (02/1) nas províncias, após subida do preço do gás, antes de se espalharem pelas grandes cidades, especialmente Almaty, onde as manifestações se transformaram em tumultos contra o regime.


Um contingente de tropas da Rússia e outros aliados de Moscou chegou ao Cazaquistão na quinta-feira (6/1) para apoiar o governo, protegendo edifícios estratégicos e colaborando na operação antiterrorista e de manutenção da paz.


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