Crise no PT baiano: dirigente acusa presidente do partido de perseguição; entenda
Filipe Almada diz que, internamente, Éden Valadares do PT tentou articular a expulsão dele e de Brisa Moura do partido
arquivo pessoal e Kleyzer Guedes/divulgação
A crise institucional segue no PT da Bahia. Após a confusão na reunião territorial, no fim de julho, o secretário de Assuntos Institucionais da sigla, Filipe Almada, acusou o presidente do partido no estado, Éden Valadares, de encabeçar uma articulação para prejudicar e expulsar ele e a secretária de Mulheres da legenda Brisa Moura, sua aliada.
Na última segunda-feira (21/8), a secretária nacional de Organização do PT, Sonia Braga (CE), negou provimento a um recurso impetrado por Brisa, e determinou que ela não pode ocupar o cargo na legenda e outro que exerce na Secretaria de Políticas para as Mulheres (CPM), no governo Jerônimo.
“Ela é da mesma tendência de Éden, que é a CNB [Construindo Um Novo Brasil. O recurso de Éden ao qual ela dá parecer favorável foi mudado de dia de votação, porque coincidia com a vinda de Gleisi [Hofmann, presidente nacional do partido] e eles não queriam que a gente fizesse barulho”, afirmou, em entrevista ao Aratu On.
Gleisi chegou a Salvador na última quinta-feira (24/8) para o encontro territorial do partido, nesta sexta-feira(25/8), em Salvador. Segundo Almada, o recurso impetrado pelo grupo de Éden será votado na próxima semana, em data a ser definida.
O pedido refere-se à revogação para que oito aliados de Éden sejam retirados da executiva e do diretório estadual da legenda, ponto de inflexão que gerou a crise interna no partido.
O grupo de Brisa e Almada acusa os oito aliados de Éden de ocuparem de forma irregular os postos dentro do partido. “Eles rasgam o estatuto”, criticou o petista.
Almada ainda diz que, internamente, o presidente estadual do PT tentou articular uma expulsão dele e de Brisa do partido, mas não teria obtido maioria dos votos para que isto acontecesse.
“Ele diz que não era expulsão, que era apenas medidas disciplinares, mas chamou a reunião da executiva, não debateu o ponto de pauta”, atacou.
DECISÃO NACIONAL
Na deliberação, Sonia Braga considera que Brisa Muraocupa, no PT e no Poder Executivo, “cargos de mesmo nível”. “A nomenclatura do cargo de Coordenadora II não altera o fato de que se trata de um posto hierárquico, que se enquadra nas vedações definidas pela Executiva Nacional”, diz trecho do documento ao qual o Aratu On obteve acesso.
“A natureza técnica das funções não é relevante para a análise, frente à posição formal que a recorrente [Brisa Moura] ocupa na estrutura do governo”, sustenta.
A secretária de Organização, segundo Almada, teria se baseado em critérios aplicados de forma isolada no Ceará, estado no qual tem sua base eleitoral. “Está enquadrando Brisa numa questão específica do estado dela”, defendeu.
Para ele, a decisão é incorreta, pois a deliberação obre ocupação de cargos similares no partido e Estado foi divulgada no final de julho – Brisa foi nomeada para o cargo no PT em janeiro, e para o governo, em março.
“Você gosta de futebol, entra no jogo, e avisa da regra no segundo tempo? Não dá. Entramos com o recurso. Usamos esses argumentos e também fomos conversando”, concluiu.
Internamente, segundo apuração do Aratu On, Éden vem rechaçando as acusações de Almada, classificando-as como “fake news”. Procurado, o dirigente não respondeu aos questionamento da reportagem.
A sigla se manifestou por meio de uma nota assinada pelo secretário de Organização do partido no estado, Omar Galdino.
"O PT é um partido nacional, democrático, transparente e que se organiza em total conformidade com as Leis e seu Estatuto. Todo e qualquer filiado e filiada pode acionar as instâncias do PT caso deseje para reivindicar seus direitos. Sobre a referida questão, a Câmara de recursos do Diretório Nacional do PT analisou os recursos pedidos e decidiu pelo não provimento, conforme decisão anexa, dando por encerrado o caso", afirmou.
Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Siga a gente no Insta, Facebook e Twitter. Quer mandar uma denúncia ou sugestão de pauta, mande WhatsApp para (71) 99940 – 7440. Nos insira nos seus grupos!
Na última segunda-feira (21/8), a secretária nacional de Organização do PT, Sonia Braga (CE), negou provimento a um recurso impetrado por Brisa, e determinou que ela não pode ocupar o cargo na legenda e outro que exerce na Secretaria de Políticas para as Mulheres (CPM), no governo Jerônimo.
“Ela é da mesma tendência de Éden, que é a CNB [Construindo Um Novo Brasil. O recurso de Éden ao qual ela dá parecer favorável foi mudado de dia de votação, porque coincidia com a vinda de Gleisi [Hofmann, presidente nacional do partido] e eles não queriam que a gente fizesse barulho”, afirmou, em entrevista ao Aratu On.
Gleisi chegou a Salvador na última quinta-feira (24/8) para o encontro territorial do partido, nesta sexta-feira(25/8), em Salvador. Segundo Almada, o recurso impetrado pelo grupo de Éden será votado na próxima semana, em data a ser definida.
O pedido refere-se à revogação para que oito aliados de Éden sejam retirados da executiva e do diretório estadual da legenda, ponto de inflexão que gerou a crise interna no partido.
O grupo de Brisa e Almada acusa os oito aliados de Éden de ocuparem de forma irregular os postos dentro do partido. “Eles rasgam o estatuto”, criticou o petista.
Almada ainda diz que, internamente, o presidente estadual do PT tentou articular uma expulsão dele e de Brisa do partido, mas não teria obtido maioria dos votos para que isto acontecesse.
“Ele diz que não era expulsão, que era apenas medidas disciplinares, mas chamou a reunião da executiva, não debateu o ponto de pauta”, atacou.
DECISÃO NACIONAL
Na deliberação, Sonia Braga considera que Brisa Muraocupa, no PT e no Poder Executivo, “cargos de mesmo nível”. “A nomenclatura do cargo de Coordenadora II não altera o fato de que se trata de um posto hierárquico, que se enquadra nas vedações definidas pela Executiva Nacional”, diz trecho do documento ao qual o Aratu On obteve acesso.
“A natureza técnica das funções não é relevante para a análise, frente à posição formal que a recorrente [Brisa Moura] ocupa na estrutura do governo”, sustenta.
A secretária de Organização, segundo Almada, teria se baseado em critérios aplicados de forma isolada no Ceará, estado no qual tem sua base eleitoral. “Está enquadrando Brisa numa questão específica do estado dela”, defendeu.
Para ele, a decisão é incorreta, pois a deliberação obre ocupação de cargos similares no partido e Estado foi divulgada no final de julho – Brisa foi nomeada para o cargo no PT em janeiro, e para o governo, em março.
“Você gosta de futebol, entra no jogo, e avisa da regra no segundo tempo? Não dá. Entramos com o recurso. Usamos esses argumentos e também fomos conversando”, concluiu.
Internamente, segundo apuração do Aratu On, Éden vem rechaçando as acusações de Almada, classificando-as como “fake news”. Procurado, o dirigente não respondeu aos questionamento da reportagem.
A sigla se manifestou por meio de uma nota assinada pelo secretário de Organização do partido no estado, Omar Galdino.
"O PT é um partido nacional, democrático, transparente e que se organiza em total conformidade com as Leis e seu Estatuto. Todo e qualquer filiado e filiada pode acionar as instâncias do PT caso deseje para reivindicar seus direitos. Sobre a referida questão, a Câmara de recursos do Diretório Nacional do PT analisou os recursos pedidos e decidiu pelo não provimento, conforme decisão anexa, dando por encerrado o caso", afirmou.
Acompanhe nossas transmissões ao vivo no www.aratuon.com.br/aovivo. Siga a gente no Insta, Facebook e Twitter. Quer mandar uma denúncia ou sugestão de pauta, mande WhatsApp para (71) 99940 – 7440. Nos insira nos seus grupos!