Eleições nos EUA: 'Muito confiante', diz Donald Trump após votar na Flórida

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos e candidato do Partido Republicano nas eleições de 2024, votou na tarde desta terça-feira (5/11), em Palm Beach, na Flórida.

A TV Aratu e o Aratu On promovem, hoje, uma cobertura especial sobre as eleições nos Estados Unidos (EUA). Comandado pelo jornalista Pablo Reis, o programa começa às 20h30, no YouTube, e segue até 00h, direto dos estúdios da TV Aratu, com correspondentes na Casa Branca, em Washington, e na Universidade de Harvard, em Boston.

O empresário norte-americano chegou a um centro recreativo perto de Mar-a-Lago, onde tem uma mansão, ao lado da esposa, Melania Trump. Após votar, ele disse para a imprensa que se sentia "muito confiante" e que essa foi a melhor campanha presidencial que já fez – Trump venceu Hillary Clinton em 2016 e foi derrotado por Joe Biden em 2020.

“Eu fiz uma ótima campanha. Acho que foi, talvez, a melhor das três. Nós fomos ótimos na primeira. Nós fomos muito melhores na segunda, mas, algo aconteceu. Eu diria que esta é a melhor campanha que fizemos”, afirmou.

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Logo depois de votar, o candidato pediu, nas redes sociais, que os eleitores não desanimem com as longas filas nos locais de votação. "Republicanos, vocês estão indo muito bem! Continuem na fila. Não deixe eles tirarem vocês do lugar. FIQUEM NA FILA E VOTEM!", escreveu no X (antigo Twitter).

A candidata democrata, Kamala Harris, disse, em um vídeo publicado nas redes sociais, que votou por correio, antecipadamente, no domingo (3).

Empatados na primeira urna

Os adversários Kamala e Trump empataram na pequena comunidade de Dixville Notch, em New Hampshire. A urna foi aberta por volta da meia-noite (2h no horário de Brasília) e encerrada poucos minutos depois. No local, onde há poucos moradores, Kamala e Trump ficaram com 3 votos cada.

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Dixville Notch é conhecida por ser a primeira a iniciar a votação presidencial no país desde a década de 1960. Por tradição, todos os eleitores elegíveis se reúnem no Hotel Balsams para votar. Uma vez que as cédulas de papel são lançadas na urna, os votos são computados e o resultado é anunciado pouco tempo depois.

O empate de Kamala e Trump na pequena comunidade mostra a disputa acirrada no pleito deste ano. Segundo as médias das pesquisas eleitorais, a democrata, que entrou na corrida eleitoral após Biden desistir da reeleição por pressão do partido, contabiliza 48% das intenções de voto popular, enquanto Trump tem 47%.

Ao Aratu On, Eduardo Vasconcelos, que cursa economia e gestão pública em Harvard, explica que essas eleições marcam um dos momentos mais polarizados da história política dos Estados Unidos. “Isso a gente pode perceber, por exemplo, pelas pesquisas eleitorais. Nos sete estados que definem as eleições norte-americanas, a gente encontra os dois candidatos muito próximos, gerando uma grande incerteza sobre quem vai ganhar”, analisa ele, que completa:

“Essa polarização não se resumirá a essa eleição, mas, será prorrogada pelos próximos anos e, muito provavelmente, haverá um aumento dessa polarização nos países ao redor do mundo”.

Nos Estados Unidos, onde o voto não é obrigatório, as eleições presidenciais acontecem pelo sistema de Colégio Eleitoral. Cada um dos 51 estados tem um número específico de votos, proporcional à sua população, baseado no número de representantes políticos no Congresso. Isso significa que alguns estados têm mais peso do que outros, como ressalta Eduardo:

“Isso gera situações bem estranhas, como, por exemplo, casos em que um candidato ganha no voto eleitoral, da população, mas, perde no Colégio Eleitoral, então, não se torna presidente. Isso aconteceu em 2016, quando a candidata Hillary Clinton ganhou no voto da população, mas, perdeu no Colégio Eleitoral para Donald Trump”.

Ao todo, os estados contabilizam 538 votos. Para ganhar a eleição, o candidato precisa de ao menos 270 votos.

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