Em despedida do TSE, ministro Barroso fala em defesa da liberdade de expressão e críticas a Bolsonaro
Ministro deixa comando do TSE na próxima terça-feira e traz discurso defendendo valores democráticos e criticando desconfiança de Bolsonaro no sistema eleitoral.
Em sua última sessão como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta quinta-feira (17/2), o ministro Luís Roberto Barroso reforçou a necessidade em se defender a liberdade de expressão no Brasil.
“A liberdade de expressão é muito importante e precisa ser protegida, inclusive contra os que a utilizam para destruí-la juntamente com a destruição da democracia. O ódio, a mentira e as ameaças não são protegidas pela liberdade de expressão porque se destinam a silenciar a expressão dos outros", disse o ministro.
Barroso se despede da presidência do TSE e vai ser sucedido pelo ministro Edson Fachin, na próxima terça-feira (22/2). Durante seu discurso, Barroso ainda afirmou que a democracia e as instituições brasileiras “passaram por ameaças das quais acreditávamos já haver nos livrado".
Durante seu mandato, o combate à desinformação e a busca por transparência nas eleições tiveram bastante força. O que, inclusive, o fez ter diversos episódios de divergência com o presidente Jair Bolsonaro (PL), atribuindo às críticas do presidente ao processo eleitoral e a confiabilidade das urnas eletrônicas como uma “repetição mambembe” das ações do ex-presidente norte-americano, Donald Trump.
"Uma das estratégias das vocações autoritárias em diferentes partes do mundo é procurar desacreditar o processo eleitoral, fazendo acusações falsas e propagando o discurso de que 'se eu não ganhar houve fraude’ ”, falou Barroso.
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