Jerônimo propõe “unidade” e evita tensionar relação entre MST e agronegócio após CPI frustrada na AL-BA
O petista pontuou que o governo deve se comportar como “mediador” de conflitos, não como crítico
Manu Dias/GOVBA
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), evitou críticas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra e aos representantes do agronegócio após a tentativa frustrada de abertura de uma CPI na Assembleia Legislativa (Al-BA) para apurar invasões de terras produtivas no estado.
O petista pontuou que o governo deve se comportar como “mediador” de conflitos. Ele disse que não classificaria como “erro” a estratégia histórica do MST de ocupar terras ociosas.
“O julgamento de um possível erro do MST e dos latifundiários não cabe ao governador. Meu papel enquanto governador eleito com apoio de ambos os setores é mediar e buscar a paz. É difícil? É”, disse, em entrevista ao portal UOL.
Apesar do posicionamento, ele crê que os proprietários de terra precisam estar abertos ao diálogo. “Eu não uso o termo errar [para o MST], mas entendo que o latifúndio também precisa ponderar. É possível a unidade? Eu sei que é difícil isso. Em alguns lugares, impossível uma unidade, uma mediação do Estado”, opinou.
Apesar da sinalização pelo desejo do diálogo, ele fez acenos ao setor agrícola – disse que, na próxima semana, estará numa exposição do agronegócio em Cocos, a 902 km de Salvador.
“Nas viagens que fizemos aos Emirados Árabes, na Europa, houve tentativa de trazer empreendimentos e fortalecer os negócios rurais. Se a gente busca isso, também tenho que oferecer uma segurança jurídica a quem vai investir. Por outro lado, todos que me conhecem sabem que tenho origem em movimentos sociais, eu, na condição de governador, tentarei mediar essa situação”, afirmou.
No âmbito nacional, o Congresso também articula uma CPI para apurar invasões de terras. Jerônimo defendeu uma discussão séria no Legislativo nacional. “Uma CPI como essa não pode estimular o atrito que o Brasil já tinha passado. Nós precisamos de uma reforma agrária. Não abro mão disso. Podem dizer que há reforma agrária combinada, como houve em outros estados, mas precisamos mediar o conceito de democracia”, propôs.
Ele também criticou o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), cotado para ser relator da comissão. O parlamentar, ministro do Meio Ambiente durante a gestão Bolsonaro, sugeriu que estados aliados ao Governo Federal financiam o MST.
“Aqui na Bahia não temos dificuldades de colaborar com esse debate. Não tenho receio. Ao contrário: tenho relações com os diversos movimentos, assim como tenho relação com o agronegócio. Ameaças são típicas do governo passado. Fazer guerrilha não vai atingir a gente aqui”, concluiu.
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O petista pontuou que o governo deve se comportar como “mediador” de conflitos. Ele disse que não classificaria como “erro” a estratégia histórica do MST de ocupar terras ociosas.
“O julgamento de um possível erro do MST e dos latifundiários não cabe ao governador. Meu papel enquanto governador eleito com apoio de ambos os setores é mediar e buscar a paz. É difícil? É”, disse, em entrevista ao portal UOL.
Apesar do posicionamento, ele crê que os proprietários de terra precisam estar abertos ao diálogo. “Eu não uso o termo errar [para o MST], mas entendo que o latifúndio também precisa ponderar. É possível a unidade? Eu sei que é difícil isso. Em alguns lugares, impossível uma unidade, uma mediação do Estado”, opinou.
Apesar da sinalização pelo desejo do diálogo, ele fez acenos ao setor agrícola – disse que, na próxima semana, estará numa exposição do agronegócio em Cocos, a 902 km de Salvador.
“Nas viagens que fizemos aos Emirados Árabes, na Europa, houve tentativa de trazer empreendimentos e fortalecer os negócios rurais. Se a gente busca isso, também tenho que oferecer uma segurança jurídica a quem vai investir. Por outro lado, todos que me conhecem sabem que tenho origem em movimentos sociais, eu, na condição de governador, tentarei mediar essa situação”, afirmou.
No âmbito nacional, o Congresso também articula uma CPI para apurar invasões de terras. Jerônimo defendeu uma discussão séria no Legislativo nacional. “Uma CPI como essa não pode estimular o atrito que o Brasil já tinha passado. Nós precisamos de uma reforma agrária. Não abro mão disso. Podem dizer que há reforma agrária combinada, como houve em outros estados, mas precisamos mediar o conceito de democracia”, propôs.
Ele também criticou o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), cotado para ser relator da comissão. O parlamentar, ministro do Meio Ambiente durante a gestão Bolsonaro, sugeriu que estados aliados ao Governo Federal financiam o MST.
“Aqui na Bahia não temos dificuldades de colaborar com esse debate. Não tenho receio. Ao contrário: tenho relações com os diversos movimentos, assim como tenho relação com o agronegócio. Ameaças são típicas do governo passado. Fazer guerrilha não vai atingir a gente aqui”, concluiu.
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