Política

Jerônimo se diz 'inquieto' com ritmo de obra da ponte e garante 'coragem' para romper contrato

Governo estadual já gastou aproximadamente R$ 316 milhões em contrapartidas e serviços de assessoria

Por Da Redação

Jerônimo se diz 'inquieto' com ritmo de obra da ponte e garante 'coragem' para romper contratoGOVBA/ Divulgação

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou estar “inquieto” com o ritmo de andamento do projeto da Ponte Salvador-Itaparica, cujo estágio está na fase de sondagens ao longo da Baía de Todos-os-Santos.


O petista conversou na manhã desta terça-feira (18/6) com a imprensa, falou sobre o tema e pontuou que pediu apoio ao ministro Rui Costa (Casa Civil) e ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).


"Eu sei que é necessário fazer sondagens para poder fazer o anteprojeto e o projeto executivo, e assim começarem as obras, mas, nessa última ida do vice-presidente Geraldo Alckmin e do Ministro Rui Costa a China, eu solicitei para que eles pudessem fazer um apelo ao presidente ou ao governo chinês para que nos ajudassem", relatou o governador.


Diante deste cenário, o governador voltou a garantir que terá “coragem” caso precise rescindir o contrato com o consórcio chinês formado pelas empresas China Railway 20th Bureau Group Corporation (CR20) e China Communications Construction Company (CCCC).


Em razão da crise econômica gerada pela pandemia, as empresas solicitaram ao governo baiano a revisão do valor do contrato, o que é um dos pontos de entrave entre as partes: "Fazer uma conta para recompor o valor exige mexer no contrato e é isto que estamos fazendo (...) Se houver um distrato, a demora é maior, o prejuízo é maior (...) Irei consultar sempre o TSE, não farei nada descoberto, mas terei coragem de tomar a decisão que for preciso para que a gente possa fazer acontecer a ponte"


Jerônimo afirmou que “a Bahia o elegeu para isto” e que, portanto, “não tem problema nenhum” em bancar um eventual distrato.


Atualmente, a obra está orçada em R$ 13 bilhões, com investimentos previstos pela Bahia e pelo consórcio chinês - o prazo inicial dos trabalhos estava previsto para 2021 a um custo de R$ 5,4 bilhões, fixado por meio de uma parceria público-privada (PPP) entre o governo baiano e as empresas responsáveis pela obra.


Enquanto, a passos lentos, os processos de sondagem são realizados, o governo estadual já gastou aproximadamente R$ 316 milhões em contrapartidas e serviços de assessoria.


LEIA MAIS: Com possibilidade de anulação do contrato, Ponte Salvador-Itaparica já custou mais de R$ 316 milhões ao governo baiano


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