Pivô de polêmica no "caso La Vue" com Geddel critica liberdade condicional do ex-ministro; “legislação beneficia bandido”, diz Marcelo Calero
Geddel foi condenado a 13 anos e quatro meses imposta no processo no caso das malas com R$ 51 milhões encontradas em um apartamento de luxo na Graça, em Salvador.
O deputado federal licenciado Marcelo Calero (Cidadania-RJ), atual secretário de Governo e Transparência do Rio de Janeiro, criticou a liberdade condicional concedida na última terça-feira (8/2) ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) pelo caso do bunker de R$ 51 milhões. A autorização foi dada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em 2016, quando era ministro da Cultura, Calero acusou Geddel, à época na Secretaria de Governo, de pressioná-lo a liberar autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para a construção edifício La Vue, na Ladeira da Barra, que fica nos arredores de uma área tombada. Em março de 2020, Geddel foi condenado pela Justiça Federal de Brasília por improbidade administrativa no caso.
Em publicação na noite da última quarta-feira (9/2), no Twitter, Calero lamentou a decisão, mas eximiu Fachin de culpa. “A culpa é da legislação, que a gente já tentou mudar várias vezes, mas não conseguimos. Beneficia bandido, e bandido do colarinho branco. Beneficia bandido e bandido do colarinho branco”, disse.
Para Calero, Geddel não pagou pelos crimes que cometeu. “Infelizmente, neste caso, a gente pode dizer que, para ele, foi de sucesso. Para ele, valeu a pena. Até o Enem ele fez como artificio para reduzir sua condenação. É lamentável. A gente fica triste e com o sentimento de que o país não é sério”, concluiu.
Meus comentários sobre a liberdade condicional concedida a Geddel Vieira Lima. pic.twitter.com/ZvbF8eo8cr
— Marcelo Calero (@caleromarcelo) February 10, 2022
Geddel foi condenado a 13 anos e quatro meses imposta no processo no caso das malas com R$ 51 milhões encontradas em um apartamento de luxo na Graça, em Salvador. O baiano cumpre pena desde julho de 2017, quando foi decretada sua prisão provisória.
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