Sindicato lamenta ataques de Jerônimo contra jornalista: 'Exercício do poder exige serenidade'
Na visão do sindicato, “não cabe ao entrevistado definir o que um repórter deve perguntar”
Feijão Almeida/GOVBA
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Bahia (Sinjorba) se solidarizou com a jornalista Cíntia Kelly, atacada na última quinta-feira (21/12) pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), durante anúncio de formalização da pré-candidatura de Geraldo Jr. (MDB) a prefeito de Salvador.
Em nota, a entidade classificou como “ríspidas” as respostas oferecidas pelo governador às perguntas da repórter do portal Bnews. “O Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) se solidariza com a colega Cintia Kelly, que nessa quinta-feira (21) foi, por duas vezes, tratada rispidamente, na ação de exercício profissional, enquanto entrevistava o governador Jerônimo Rodrigues (PT)’, diz trecho do comunicado.
Na visão do sindicato, “não cabe ao entrevistado definir o que um repórter deve perguntar”. “O exercício do poder, na esfera que for, exige do representante político a serenidade e paciência necessárias para lidar com o contraditório e com questionamentos que não o agradem. Mas há diversas maneiras de agir nessas situações e o governador escolheu a pior delas”, acrescenta.
Após o ocorrido, em publicação no Instagram, Cíntia desabafou e considerou como “misoginia” a reação do petista. “O governador Jerônimo Rodrigues tem dado mostras do quão misógino tem sido. Foi assim com as competentíssimas Silvana Oliveira (Rádio Sociedade) e Fabíola Cidral (UOL). Ontem, ao fazer uma pergunta simples e óbvia, Jerônimo ‘cresceu’ para cima de mim”, lamentou.
“Lembrou o coronel ACM, que, ao ser contrariado, apontava o dedo em riste para jornalistas e mandava-os calar a boca. Jerônimo lembrou Jair Bolsonaro, cuja diversão era hostilizar, sobretudo, as jornalistas mulheres”, emendou.
CONFIRA O POSICIONAMENTO COMPLETO DO SINJORBA:
"O Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) se solidariza com a colega Cintia Kelly, que nessa quinta-feira (21) foi, por duas vezes, tratada rispidamente, na ação de exercício profissional, enquanto entrevistava o governador Jerônimo Rodrigues (PT). O fato ocorreu durante anúncio da candidatura de Geraldo Junior (MDB) à Prefeitura de Salvador, em 2024, como representante da base governista.
Nas duas situações, o chefe do executivo baiano mostrou irritação com as perguntas da repórter, que simplesmente buscava apurar se havia desgaste ou aresta com a escolha de Geraldo Junior, uma vez que alguns pré-candidatos de outros partidos da base não estavam participando do referido anúncio. Perguntas normais da cobertura política.
Para o Sinjorba, não cabe ao entrevistado definir o que um repórter deve perguntar. O exercício do poder, na esfera que for, exige do representante político a serenidade e paciência necessárias para lidar com o contraditório e com questionamentos que não o agradem. Mas há diversas maneiras de agir nessas situações e o governador escolheu a pior delas.
O Brasil vive um momento de afirmação do ambiente democrático e da possibilidade de a imprensa cumprir seu papel constitucional sem filtros políticos e sem medo. Trabalhamos sob a égide de um rígido código de ética, que exige do jornalista responsabilidade e compromisso com a verdade e a imparcialidade. Por nossa vez, exigimos dos representantes políticos cuidado com a liberdade de imprensa, atenção às suas obrigações de transparência para com o público e respeito para com os profissionais."
LEIA MAIS: TBT da Beyoncé! Relembre as últimas vezes que a cantora esteve na Bahia
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Em nota, a entidade classificou como “ríspidas” as respostas oferecidas pelo governador às perguntas da repórter do portal Bnews. “O Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) se solidariza com a colega Cintia Kelly, que nessa quinta-feira (21) foi, por duas vezes, tratada rispidamente, na ação de exercício profissional, enquanto entrevistava o governador Jerônimo Rodrigues (PT)’, diz trecho do comunicado.
Na visão do sindicato, “não cabe ao entrevistado definir o que um repórter deve perguntar”. “O exercício do poder, na esfera que for, exige do representante político a serenidade e paciência necessárias para lidar com o contraditório e com questionamentos que não o agradem. Mas há diversas maneiras de agir nessas situações e o governador escolheu a pior delas”, acrescenta.
Após o ocorrido, em publicação no Instagram, Cíntia desabafou e considerou como “misoginia” a reação do petista. “O governador Jerônimo Rodrigues tem dado mostras do quão misógino tem sido. Foi assim com as competentíssimas Silvana Oliveira (Rádio Sociedade) e Fabíola Cidral (UOL). Ontem, ao fazer uma pergunta simples e óbvia, Jerônimo ‘cresceu’ para cima de mim”, lamentou.
“Lembrou o coronel ACM, que, ao ser contrariado, apontava o dedo em riste para jornalistas e mandava-os calar a boca. Jerônimo lembrou Jair Bolsonaro, cuja diversão era hostilizar, sobretudo, as jornalistas mulheres”, emendou.
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"O Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) se solidariza com a colega Cintia Kelly, que nessa quinta-feira (21) foi, por duas vezes, tratada rispidamente, na ação de exercício profissional, enquanto entrevistava o governador Jerônimo Rodrigues (PT). O fato ocorreu durante anúncio da candidatura de Geraldo Junior (MDB) à Prefeitura de Salvador, em 2024, como representante da base governista.
Nas duas situações, o chefe do executivo baiano mostrou irritação com as perguntas da repórter, que simplesmente buscava apurar se havia desgaste ou aresta com a escolha de Geraldo Junior, uma vez que alguns pré-candidatos de outros partidos da base não estavam participando do referido anúncio. Perguntas normais da cobertura política.
Para o Sinjorba, não cabe ao entrevistado definir o que um repórter deve perguntar. O exercício do poder, na esfera que for, exige do representante político a serenidade e paciência necessárias para lidar com o contraditório e com questionamentos que não o agradem. Mas há diversas maneiras de agir nessas situações e o governador escolheu a pior delas.
O Brasil vive um momento de afirmação do ambiente democrático e da possibilidade de a imprensa cumprir seu papel constitucional sem filtros políticos e sem medo. Trabalhamos sob a égide de um rígido código de ética, que exige do jornalista responsabilidade e compromisso com a verdade e a imparcialidade. Por nossa vez, exigimos dos representantes políticos cuidado com a liberdade de imprensa, atenção às suas obrigações de transparência para com o público e respeito para com os profissionais."
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