Saúde

Candidíase é mais comum no verão e dormir sem calcinha pode ajudar a prevenir; médico explica

De acordo com o ginecologista Alexandre Amaral, esse desequilíbrio íntimo está associado a vários fatores, entre eles, o aumento da temperatura.

Por Juana Castro

Candidíase é mais comum no verão e dormir sem calcinha pode ajudar a prevenir; médico explicaIlustrativa/Pexels

Coceira intensa, vermelhidão, dor ao urinar e corrimento esbranquiçado. Esses são os principais sintomas da candidíase, infecção vulvovaginal mais comum no verão. O problema é causado por fungos do gênero Cândida, que já habitam a vagina, mas que em excesso causam tais incômodos.


De acordo com o ginecologista Alexandre Amaral, esse desequilíbrio íntimo está associado a vários fatores, entre eles, o aumento da temperatura.


"Além do calor e da umidade, que tornam a região íntima propícia para a proliferação dos fungos, a candidíase pode aparecer quando o sistema imunológico está enfraquecido, quando há alterações hormonais, uso de antibióticos, alto consumo de açúcares e carboidratos e uso de roupas molhadas e/ou apertadas por muito tempo. Por isso que esse problema se torna tão frequente no verão", explica o ginecologista.


Por isso, ele dá algumas dicas de como prevenir a candidíase e manter a região íntima em equilíbrio. Confira abaixo:


Usar roupas íntimas de algodão, pois permite que a pele respire;


- Não usar maiô ou biquíni molhado por muito tempo;


- Lavar a região genital somente com água e sabonete neutro sem perfume ou próprio para a região e evitar duchas íntimas. O excesso de banho não é saudável para a vagina;


- Dormir sem roupa íntima, sempre que possível;


- Evitar absorventes internos e protetores diários;


- Adotar um estilo de vida saudável, dormindo bem e gerindo o estresse;


- Reduzir o consumo de doces e carboidratos e praticar atividade física para equilibrar os níveis de glicose no organismo


- Evitar ter contato íntimo desprotegido durante o tempo de tratamento.


O diagnóstico de candidíase normalmente é feito pelo(a) médico(a) através da avaliação dos sintomas e análise laboratorial para identificar o tipo de microrganismo que está causando os sintomas, descartando outras possíveis causas.


"Apesar de ser facilmente reconhecida por muitas mulheres através dos sintomas, a candidíase não pode ser tratada em casa ou com automedicação, pois o tratamento inadequado pode levar a outros problemas, como a candidíase recorrente, quando há quatro ou mais episódios por ano, e é muito mais difícil de tratar", alerta Alexandre. "É muito importante entender o que pode ter levado à diminuição da imunidade para atuar de forma integrada à rotina e hábitos da paciente", conclui.


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