Saúde

Farmácia Popular começa a distribuir absorventes gratuitos

O público-alvo do programa abrange 24 milhões de pessoas

Por Juana Castro

Farmácia Popular começa a distribuir absorventes gratuitosIlustrativa/Karolina Grabowska/Pexels
Agência Brasil

Mais de 31 mil unidades credenciadas no programa Farmácia Popular começaram a distribuir absorventes para a população em situação de vulnerabilidade social. Segundo o Ministério da Saúde, a oferta é direcionada a grupos que vivem abaixo da linha da pobreza e estão matriculados em escolas públicas, em situação de rua ou em vulnerabilidade extrema. A população recolhida em unidades do sistema prisional também será contemplada.


Podem receber absorventes brasileiras ou estrangeiras que vivem no Brasil, com idade entre 10 e 49 anos, inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e que contam com renda familiar mensal de até R$ 218 por pessoa.


Estudantes das instituições públicas de ensino também devem estar no CadÚnico, mas, neste caso, a renda familiar mensal por pessoa vai até meio salário mínimo (R$ 706). Para pessoas em situação de rua, não há limite de renda. O público-alvo do programa abrange 24 milhões de pessoas.


EXIGÊNCIAS


Para garantir o benefício, é preciso apresentar um documento de identificação pessoal com número do Cadastro de Pessoas Físicas - CPF - e a Autorização do Programa Dignidade Menstrual, em formato digital ou impresso, que deve ser gerada via aplicativo ou site do Meu SUS Digital – nova versão do aplicativo Conecte SUS – com validade de 180 dias. A aquisição de absorventes para menores de 16 anos deve ser feita pelo responsável legal. As orientações também estão disponíveis no Disque Saúde 136.


Em caso de dificuldade para acessar o aplicativo ou emitir a autorização, a orientação é procurar uma unidade básica de saúde (UBS). Pessoas em situação de rua também podem buscar nos centros de referência da assistência social, centros de acolhimento e equipes de Consultório na Rua. Para pessoas recolhidas em unidades do sistema penal, a entrega será coordenada e executada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com a distribuição realizada diretamente nas instituições prisionais.


A iniciativa integra o Programa de Proteção e Promoção da Saúde e Dignidade Menstrual e envolve as seguintes áreas: Saúde; Direitos Humanos e Cidadania; Justiça e Segurança Pública; Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; e Mulheres e Educação.


COMBATE ÀS DESIGUALDADES


Em nota, o Ministério da Saúde destacou que a ação contribui no combate às desigualdades causadas pela pobreza menstrual e configura “um importante avanço para garantir o acesso à dignidade menstrual”.


“A menstruação é um processo natural, que ocorre em todo o mundo com, pelo menos, metade da população. Ainda assim, dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que a pobreza menstrual, associada aos tabus que ainda cercam essa condição, podem ocasionar evasão escolar e desemprego. No Brasil, uma a cada quatro meninas falta à escola durante o seu período menstrual e cerca de quatro milhões sofrem com privação de higiene no ambiente escolar (acesso a absorventes, banheiros e sabonetes)”, explica a nota.


LEIA MAIS: Distribuição gratuita de absorventes para mulheres em situação de vulnerabilidade vira lei em Salvador


SALVADOR


A distribuição gratuita de absorventes higiênicos para mulheres em situação de vulnerabilidade social agora é lei em Salvador. A prefeitura validou o projeto aprovado na Câmara e os itens serão distribuídos em abrigos de proteção social para adolescentes e  para mulheres acolhidas nesses locais em situação de rua, e também em situação familiar de extrema pobreza .


A lei cria o programa “Menstruação Sem Neura”, que consiste em uma série de ações sobre o tema. As alunas das últimas duas séries do ensino fundamental da Rede Municipal de Educação, que já iniciaram o ciclo menstrual, também vão receber os absorventes gratuitamente.


Confira reportagem completa do Bom Dia Bahia: 


https://youtu.be/nBIc-w1s8P4

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