Outubro Rosa: câncer de mama é o tumor mais comum em cadelas e o terceiro mais recorrente em gatas
Há diversas causas que podem desencadear o câncer de mama, como a idade, fatores genéticos, hormonais, alimentação, e até mesmo questões ambientais
Neste mês, acontece o Outubro Rosa, período em que são veiculadas campanhas de conscientização e diagnóstico precoce do câncer de mama. Mas, além de acometer seres-humanos, em especial, as mulheres, a doença também atinge com frequência animais de estimação.
Como explica a médica-veterinária Simone Freitas, conteudista do aplicativo VetGuide, o câncer de mama é o tumor mais comum em cadelas e o terceiro mais recorrente em gatas. Nessas espécies, a faixa etária mais acometida é entre 6 e 11 anos.
"Estima-se que cerca de 50% dos tumores de mama em cadelas são malignos, enquanto que em gatas essa incidência é aumentada para 80%, havendo a possibilidade de espalhar, se não tratado e controlado, para outros órgãos, como fígado, pulmões e ossos", detalha a veterinária, que é doutora em Imunologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Segundo a especialista, há diversas causas que podem desencadear o câncer de mama, como a idade, fatores genéticos, hormonais, alimentação, e até mesmo questões ambientais. "Má alimentação, obesidade, animais idosos, pets que receberam anticoncepcionais e animais que não foram castrados são mais vulneráveis a desenvolverem tumores", aponta ela.
Sobre os sintomas, a médica-veterinária ressalta que podem variar de acordo com o tipo e o estágio do tumor. "Dentre os sinais mais comuns, estão a presença de nódulo nas mamas ou na região das axilas, além de dor, inchaço e secreção com odor desagradável".
TRATAMENTO E PREVENÇÃO
Na maioria dos casos, o tratamento do câncer de mama é feito com a mastectomia – a retirada parcial ou total das mamas do pet. Dependendo do grau de malignidade, a cirurgia pode ser associada a medicamentos quimioterápicos. Simones Freitas detalha que, na maioria das vezes, é fundamental o diagnóstico precoce para o sucesso do tratamento.
Para prevenir a doença, é importante levar o animal ao veterinário para realizar o check-up médico, independentemente da raça e do gênero. Outra forma de prevenção é realizar a castração do pet entre o primeiro e o segundo cio, o que evita uma exposição hormonal desnecessária e o surgimento de tumores.
Segundo Simone, o "toque amigo", que consiste no tutor palpar mamas e axilas do pet para checar caroços ou qualquer tipo de anomalia na região, também faz a diferença. Além disso, a orientação da profissional é jamais utilizar injeções anticoncepcionais.
Manter o peso adequado do pet, com uma alimentação saudável, também ajuda a proteger a saúde do bichinho, já que a obesidade é outro fator de risco para o câncer.
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