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Cena do Crime: veja como hoje estão as situações de Suzane von Richthofen e dos irmãos Cravinhos, autores do caso que chocou o Brasil

Manfred e Marísia foram atingidos com diversos golpes na cabeça. Sangue e massa encefálica foram encontradas por todo o cômodo, do chão ao teto. Na boca de Marísia foi encontrada uma toalha

Por Da Redação

Cena do Crime: veja como hoje estão as situações de Suzane von Richthofen e dos irmãos Cravinhos, autores do caso que chocou o Brasilreprodução

Na madrugada do dia 31 de outubro de 2002, o engenheiro alemão naturalizado brasileiro, Manfred von Richthofen, e a esposa, a psiquiatra Marísia von Richthofen, dormiam tranquilamente no quarto casal, na mansão localizada no bairro do Brooklin, em São Paulo, sem desconfiarem se tornariam as vítimas do duplo homicídio mais bizarro do país.


Essa história, que recentemente virou filme, estreia um novo quadro no Aratu On, o "Cena do Crime", da linha de conteúdo audiovisual. A partir de agora, você relembrará, todas as quintas-feiras, casos que chocaram o Brasil ou a Bahia. Vamos, a partir de agora, relembrar a situação da menina rica condenada pela morte dos pais? 


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Manfred e Marísia foram atingidos com diversos golpes na cabeça. Sangue e massa encefálica foram encontradas por todo o cômodo, do chão ao teto. Na boca de Marísia foi encontrada uma toalha, que o assassino introduziu para que ela não gritasse. Além disso, uma arma foi deixada ao lado de Manfred, na tentativa de simular um suicídio. 


Entretanto, o crime não chocou todo o Brasil apenas pela morbidade e sim porque a mandante do crime abriu a porta para os assassinos, depois acionou a Polícia Militar, chorou para as câmeras e fez um belo discurso sobre a trajetória da família aristocrata alemã, que até então só ostentava parentes célebres, como diplomatas, cientistas e políticos. 


A população ficou estarrecida ao descobrir que a filha mais velha do casal, a estudante de direito Suzane von Richthofen, de 19 anos, havia encomendado a morte dos pais e arquitetado tudo com o namorado e com o cunhado,  Daniel e Cristian Cravinhos, respectivamente. Eles chegaram a apresentar excessivamente uma série de álibes, como uma nota fiscal do motel que diziam estar na hora do crime. Isso ligou o sinal de alerta dos investigadores. 


“O que nos colocou no local foi justamente o excesso de cuidado deles para não estarem no local”, declarou a delegada Cíntia Tucunduva na ocasião. Um jogo de futebol ajudou a polícia a estabelecer a linha do tempo. O médico legista concluiu que o homicídio havia ocorrido entre as 22h e as 24h.


A hora foi estabelecida com mais precisão graças ao vigia da rua, que acompanhava a vitória de seu time, Corinthians, sobre o Flamengo naquela noite. A atenção dele foi desviada da tela ao ver o automóvel de Suzane estacionado na garagem de casa. Foi com essa informação que o horário da morte pôde ser definido com mais precisão. 


A primeira pista que levou até o trio foi obtida com Cristian, que trabalhava como mecânico, e comprou uma moto Suzuki 1.100 cilindradas aproximadamente dez horas depois do crime. A polícia desconfiou da transação porque ela foi feita com 36 notas de US$ 100, valor que teria sido retirado da residência do casal na noite do crime.


Ao ser detido, Christian acabou confessando tudo e levou às prisões de Daniel e Suzane, que também acabaram admitindo participação no crime. A motivação seria a reprovação das vítimas acerca do relacionamento de Suzane e Daniel devido a divergência de classe econômica. 



Recentemente, a renomada dupla de escritores Ilana Casoy e Raphael Montes, autores de Bom dia, Verônica, se juntaram ao diretor Maurício Eça e produziram dois filmes baseados nas versões do ex-apaixonados para a polícia, conforme divulgado pela produtora dos longas, a Santa Rita Filmes. Em "O Menino que Matou Meus Pais", Daniel conta que Suzane o apresentou às drogas e fez com que ele acreditasse que ela era abusada sexualmente por Manfred. Em "A Menina que Matou os Pais", tudo se inverte e Suzane sustenta que Daniel a viciou em entorpecente.


Os filmes receberam críticas positivas e estimulou a busca pelo paradeiro dos criminosos. Suzane de tempos em tempos volta aos holofotes. Em regime semiaberto, ela começou a frequentar aulas do curso de Biomedicina, na faculdade Anhanguera, na quarta-feira (29/9), no município de Taubaté, em São Paulo. 


A faculdade Anhanguera declarou por meio de nota que "a matrícula da aluna foi autorizada pela Justiça e esclarece que oferece a todos tratamento igual, conforme determina a legislação brasileira”.


Anos antes, Suzane deu o que falar ao vir à tona que ela havia sido o pivô da separação entre Elize Matsunaga, que cumpre pena por matar e esquartejar o marido Marcos, diretor da Yoki,  e Sandra Regina Gomes, condenada a 27 anos de prisão por sequestro e morte de um adolescente de 14 anos.



IRMÃOS CRAVINHOS


Daniel ganhou o direito de cumprir sua pena em regime semiaberto em 2013 e, após 16 anos de prisão, em 2018,  foi autorizado pela Justiça a cumprir o restante de sua pena em regime aberto. Na prisão, Daniel trabalhava como auxiliar de ajudante geral das 7h às 16h e, por isso, conseguiu abater dois anos de sua pena.


Além disso, deu tudo certo no amor e ele se casou com a biomédica Alyne Bento, a quem conheceu no presídio quando ela visitava um irmão preso por envolvimento em um roubo.



Cristian foi autorizado a cumprir pena em regime aberto em 2017, mas voltou à prisão em 2018, após se envolver em uma briga em um bar em Sorocaba. Na ocasião, ele foi flagrado ainda com uma munição de uso restrito e para não ser preso e perder o direito ao regime aberto, ofereceu dinheiro aos policiais.



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