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Dos indígenas aos Encourados de Pedrão: povo foi decisivo para independência do Brasil na Bahia

O Exército brasileiro contou, além dos próprios soldados, com a colaboração de quilombolas e indígenas – estes representados pelas lendárias figuras do caboclo e da cabocla

Por Matheus Caldas

Dos indígenas aos Encourados de Pedrão: povo foi decisivo para independência do Brasil na BahiaPersonagens Históricos da Guerra pela Independência
https://www.youtube.com/watch?v=fGu0MHyflQ0&ab_channel=TVAratu
“A principal parte da expulsão dos portugueses foi feita pelos nativos”: a fala da historiadora Antonieta D’Aguiar dá o tom da importância popular na expulsão dos portugueses no processo de independência do Brasil na Bahia, cujo marco, o 2 de julho de 1823, completa 200 anos neste domingo. E, em mais um episódio da série “Nossa História é Feita de Luta”, a TV Aratu conta a importância dos baianos para a vitória da resistência que venceu a guerra.
Para professor Milton Moura, a adesão dos civis aos conflitos na Bahia demonstram a importância da participação popular na independência brasileira. “Na Batalha de Itaparica, havia 3.200 soldados, mais os resistentes nativos. Então, foi uma conjugação de esforços”, conta.
O Exército brasileiro contou, além dos próprios soldados, com a colaboração de quilombolas e indígenas – estes representados pelas lendárias figuras do caboclo e da cabocla – em Salvador e na Baía de Todos-os-Santos, sobretudo na Ilha de Itaparica.
Do interior, houve reforços. De Pedrão, a 122 km de Salvador, saíram 40 homens, montados em cavalos, que se deslocaram para Cachoeira para se incorporar o exército baiano. Resultado: vitoriosos, todos voltaram para casa após 2 de julho de 1823. Nenhum deles morreu. Estes são chamados de “Encourados de Pedrão”. “Essa questão da batalha e da liberdade dos encourados marca muito a nossa história”, diz a quilombola Angélica Maria.
Com roupas de couro, características à época, eles cavalgaram 81 quilômetros até Cachoeira, centro da resistência no momento em que Salvador estava sitiada pelos portugueses. A roupagem formou a identidade do grupo. “Sair daqui para ir se registrar e se apresentar no campo de Pirajá. A cavalgada foi grande. Então, era um meio de se proteger do frio e dos perigos”, explica o pesquisador José Carvalho.
Nesta sexta-feira (30/6), a TV Aratu exibe o último episódio da série.

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