'Bloco da Cidadania' pode não sair neste Carnaval por falta de patrocínio
Desde 2007, o Bloco da Cidadania leva artistas e foliões para o Carnaval de Salvador em prol da divulgação da campanha "Carnaval Sem Fome", organizado pela ONG Ação da Cidadania
Quem costuma ir à Festa de Iemanjá e ao Carnaval de Salvador, já deve ter se deparado com um bloco que, além de espalhar muita beleza e música, combate as desigualdades sociais e incentiva a tomada de consciência em relação à fome e à pobreza. É o Bloco da Cidadania, que, desde 2007, leva artistas e foliões para essas que estão entre as maiores festas da cidade, em prol da divulgação da campanha "Carnaval Sem Fome", organizada pela ONG Ação da Cidadania.
Este ano, porém, pode ser que o bloco não saia no Carnaval. Raimundo Bandeira, coordenador do projeto, explica que faltam incentivos. "A gente está precisando de apoio para sair. Todos os anos, a gente sempre teve algum apoio, seja da Prefeitura de Salvador ou do Governo do Estado. Mas, este ano, ainda não conseguimos", lamenta ele. Mas, em 2 de fevereiro, dia da Festa de Iemanjá, a presença da ONG é "quase certa", como conta o coordenador: "Mesmo sem apoio, a gente vai fazer alguma ação".
[caption id="attachment_285342" align="alignnone" width="740"] A ideia é que, em 2024, o bloco seja comandado pela percussão do Swing do Pelô, com a performance do artista visual Menelaw Sete. | Foto: Arquivo/Ação da Cidadania [/caption]
Normalmente, no Carnaval, o Bloco da Cidadania desfila no Pelourinho, no Centro Histórico de Salvador, em um cortejo de 3 horas. A ideia é que, em 2024, ele seja comandado pela percussão do Swing do Pelô, com a performance do artista visual Menelaw Sete e uma fanfarra com pernas de pau, palhaços e bailarinas. O bloco, como detalha Raimundo, deverá ser dividido em alas temáticas:
"A nossa ideia é divulgar as nossas campanhas. Pensamos em fazer uma ala 'Carnaval Sustentável', por exemplo. Convidaremos cooperativas de catadores de lixo para que acompanhem o bloco, recolhendo as latas de cerveja e refrigerantes por todo o percurso. Também planejamos uma oficina de alegorias com material reciclável e uma ala de ciclistas".
Além disso, o plano é trazer uma ala especial em homenagem aos povos indígenas, com artistas como convidados, uma ala 'zen', com praticantes de Yoga, Thai Chi Chuan, meditação, e alimentação natural, alas contra diversos tipos de preconceito, homenagens para Iemanjá, com balaios de flores e oferendas, e a tradicional Ala das Baianas. O desfile, como detalha Raimundo, será acessível para pessoas com necessidades especiais.
O plano da Ação da Cidadania para o Carnaval é botar o bloco na rua no dia 10 de fevereiro. "Mas, estamos encontrando bastante dificuldade em conseguir um patrocínio", finaliza Raimundo.
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