Advogado diz que Maurício Barbosa "não tem o que delatar" sobre Operação Faroeste
Afastado em dezembro após a investigação, o ex-secretário foi exonerado pelo governador Rui Costa (PT) logo em seguida
Thales Habib, advogado do ex-titular da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Maurício Barbosa, garante que o ex-secretário da gestão Rui Costa (PT) “não tem o que delatar” à Procuradoria-Geral da República (PGR) na investigação da Operação Faroeste - que apura esquema de venda de sentenças no Oeste da Bahia -.
Ele comentou uma notícia divulgada nesta segunda-feira (11/10) pela coluna Satélite, do Jornal Correio, que sustenta: a PF descartou a delação do ex-comandante da segurança pública da Bahia. Ao Aratu On, Habib afirma que “nunca existiu a hipótese" de fechar acordo neste sentido.
Delegado da Polícia Federal, o Barbosa foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) no início de julho sob acusação de obstruir investigações contra envolvidos na Faroeste. Suspeito de comandar uma central de interceptações, Barbosa teve suas conversas apreendidas pela PF.
Ele também foi citado em uma delação da desembargadora Sandra Inês Moraes Ruscolelli Azevedo, assinada em maio de 2020. Ela aponta que Barbosa ajudou a montar o chamado Gabinete de Segurança Institucional - utilizado para "coerção e coação contra quem afrontava os interesses" de desembargadores e aliados.
"Maria do Socorro também tratou acerca da decisão, pelo menos duas vezes, uma pelo WhatsApp e outra no Gabinete, pedindo que a decisão fosse em favor de Saul Dorigon – o que beneficiaria o falso Consul [Adailton Maturino]. Caso aceitasse a proposta, ela afirmou que conseguiria arquivar a investigação sobre a rachadinha, através do Secretário de Segurança Pública Maurício Barbosa, que sempre deu suporte ao PRESIDENTE GESIVALDO, além de ser muito amigo da Desª SOCORRO", diz trecho da delação.
OUTRA DELAÇÃO
Ainda conforme a Satélite, embora não haja acordo assinado para delação de Barbosa, um advogado considerado influente o fará, numa negociação que durou cerca de três meses. Desta forma, a lista de investigados deve aumentar.
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