Carnes da chamada "linha branca" ganham destaque nas prateleiras dos supermercados e açougues
A própria culinária baiana e nordestina tem colaborado com essa tendência. O mocofato, o sarapatel, o xinxim de bofe e o mininico de carneiro, para falar de alguns, são opções bastante tradicionais na região.
O aumento do preço da carne bovina iniciado no final de 2019, por conta das exportações, e acentuado, sobretudo, após a pandemia, tem mudado drasticamente os hábitos alimentares dos brasileiros.
Por conta disso, os cortes menos nobres tem sido mais procurados pelos consumidores. Sem falar na carne suína, no frango e no peixe, que são opções mais em conta em tempos de inflação. Outra opção tem sido as carnes de linha branca, tais como o mocotó, o bucho e as vísceras.
A própria culinária baiana e nordestina tem colaborado com essa tendência. O mocofato, o sarapatel, o xinxim de bofe e o mininico de carneiro, para falar de alguns, são opções bastante tradicionais na região. Para ser ter uma idéia, a rabada deixou de ser considerado um prato de baixa gastronomia e entrou no circuito dos grandes restaurantes. Era um corte que se comprava antigamente por R$17 o kg e hoje não se acha por menos de R$37.
"O baiano é muito familiarizado com isso. A passarinha que a gente compra no tabuleiro da baiana, por exemplo, é o baço do boi. Tudo é aproveitado por um preço viável. Os restaurantes também tem incorporado essa tendência ao seu cardápio. É a chamada comida de senzala, a baixa gastronomia. ", explica um empresário do setor.
De acordo com o departamento comercial da Boi Dourado, empresa baiana especializada na produção e comercialização de carnes, a venda de produtos da chamada linha branca corresponde a 5% sobre o faturamento bruto total da empresam, nos três primeiros meses de 2022.
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