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Escritora baiana Bárbara Carine comenta caso de racismo em roda de samba no Rio de Janeiro

Casal imitou macacos em evento frequentado majoritariamente por pessoas negras

Por Da Redação

Escritora baiana Bárbara Carine comenta caso de racismo em roda de samba no Rio de Janeiroredes sociais / @uma_intelectual_diferentona
A escritora e professora baiana Bárbara Carine comentou o vídeo que repercutiu nas redes sociais, de um casal imitando macacos numa roda de samba, no Rio de Janeiro. A crítica foi feita em dois vídeos postados nas redes sociais, um no sábado (20/7) e outro na segunda (22/7).
No perfil do Instagram @uma_intelectual_diferentona, Bárbara contou que recebeu o vídeo com o objetivo de denunciar o caso, e principalmente identificar o casal. Até o momento, apenas a mulher foi identificada, a argentina Carolina de Palma.
"Quando eu recebi o vídeo, eu estava chegando para dar uma palestra em Petrópolis, faltava meia hora para eu entrar, para começar a palestra, e o Thiago [Thomé, ator], meu companheiro, me mandou no WhatsApp o vídeo a pedido de um dos membros do grupo 'Pede Teresa', que é muito seu amigo, e pediu que o Thiago me enviasse para eu fazer a divulgação, a denúncia do caso", começou.
No vídeo divulgado na última segunda (22/7), Carine diz que em sua primeira publicação no Instagram, internautas já suspeitavam da nacionalidade do casal, nos comentários do post, e começaram a associar que se tratava de uma argentina.
RAÍZES DO PROBLEMA
Segundo a ativista, assim que leu comentários sobre a nacionalidade da mulher, pensou na seleção argentina de futebol, que recentemente cantou uma música racista e transfóbica, e que os grandes ídolos do futebol argentino se silenciam sobre tais feitos no país, como exemplo, Carine cita o jogador Lionel Messi.
“Messi, por exemplo, fica muito tranquilinho, ele não é cobrado. O antirracismo do Messi não é cobrado. Antiracismo não é uma pauta apenas de pessoas negras, sobretudo aquelas que têm destaque mundial, como Messi”, frisa.
Bárbara aproveita para salientar na publicação que sua militância não é para lançar ódio contra a Argentina, pois isso já é antigo no futebol, mas sim para entender as raízes estruturais desse problema.
RACISMO ESTRUTURAL
A influenciadora encerra o vídeo fazendo um alerta para identificar o homem, que estava acompanhado da argentina. "Quero encerrar dizendo que tem um outro homem branco aí que ninguém identificou e que ele é brasileiro. O racismo no Brasil existe e é muito forte. Não temos uma população de 3% de negros, temos uma população de 54% de negros. Criamos estratégias diversas por meio dos nossos movimentos quilombolas para resistir, mas ainda hoje sofremos com os reflexos brutais do racismo estrutural em nosso país", finalizou.
CONFIRA OS VÍDEOS: 






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